TRÁFEGO AÉREO

FAB treina operadores de drones para levantamento topográfico

O uso de drones para esse tipo de atividade traz economia de tempo e mão de obra
Publicada em: 01/04/2019 16:47
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Fonte: DECEA, por Gisele Bastos
Edição: Agência Força Aérea, por Tenente Gabrielli - Revisão: Capitão Landenberger

O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), realizou, no período de 17 a 21 de março, no Rio de Janeiro, um treinamento para o uso de Aeronaves Remotamente Pilotadas (RPA do inglês, Remotely Piloted Aircraft), em parceria com a empresa Azzimute AeroSense. O foco do evento foram as atividades de aerofotogrametria, ou seja, levantamento da topografia local e da altimetria por meio de pares de fotografias aéreas, além de atividades associadas, como a análise de obstáculos no entorno de aeródromos.

O levantamento topográfico analisa as características da superfície de um terreno, sua forma e outras características tridimensionais. Neste caso, são verificados os objetos naturais (árvores, rochas) e artificiais (edifícios, ruas, calçadas, paisagismo). "Duas das maiores demandas que temos no contexto de aeródromos é o levantamento topográfico e a análise de obstáculos. O uso de uma Aeronave Remotamente Pilotada configura ganho operacional devido à economicidade de tempo e mão de obra”, explicou o Chefe da Seção de Coordenação e Controle de Aeródromos, Tenente Eduardo Silva.

O treinamento, coordenado pelo Coronel Aviador Jorge Humberto Vargas Rainho, reuniu militares do DECEA, engenheiros cartógrafos do Instituto de Cartografia Aeronáutica (ICA), além de oficiais do Grupamento Aeromóvel da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PM-RJ). Além da necessidade de autorização para acessar o espaço aéreo, o Coronel explicou que os drones precisam estar cadastrados no Sistema de Aeronaves não Tripuladas (SISANT), gerenciado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). O objetivo deste Sistema é registrar o operador e gerar certificados para as aeronaves não tripuladas com peso máximo de decolagem entre 250 gramas até 25kg, que pretendam voar até 400 pés acima do nível do solo e em linha de visada visual (VLOS).

A parte prática do treinamento foi realizada em dois momentos: o primeiro, no campo de aeromodelismo da Ilha do Governador, em que foram apresentados os tipos de drones, seus modos de funcionamento e a instrução de pilotagem de RPA. O outro módulo aconteceu no Aterro do Flamengo. Lá, a equipe praticou a pilotagem e também a fotogrametria, gerando, em poucos minutos, o perfil com as dimensões e alturas pertinentes do Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial.

Fotos: 1S Pantoja / ICA