OPERAÇÃO POSSE 2019

Saiba como vai ser a atuação da Defesa Antiaérea durante a posse presidencial

A Defesa Antiaérea será composta por 12 Unidades de Tiro empregando dois tipos de armamentos
Publicada em: 28/12/2018 18:29
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Fonte: Agência Força Aérea, por Tenente João Elias
Edição: Agência Força Aérea - Revisão: Capitão Landenberger

Mísseis IGLA S fazem parte da Defesa AntiaéreaCerca de 130 militares de Organizações pertencentes ao Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro (SISDABRA), que vão atuar durante a Operação Posse 2019, participaram nesta sexta-feira (28) da Cerimônia de Apronto da Defesa Antiaérea. O objetivo é cumprir a determinação do Comando de Operações Aeroespaciais de estabelecer a Defesa Antiaérea da Esplanada dos Ministérios e da Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF), e o Decreto nº 9.645, publicado nesta sexta-feira (28) no Diário Oficial da União, assinado pelo Presidente da República, Michel Temer, que estabelece os procedimentos a serem observados com relação a aeronaves suspeitas ou hostis durante a posse presidencial no dia 1º de janeiro.

"Caso seja necessário, estaremos dispostos a abater uma aeronave porque está previsto no Decreto e temos uma responsabilidade muito grande com as pessoas que estarão presentes no evento, como os Chefes de Estado, os nosso líderes e governantes. É uma obrigação do Estado Brasileiro prover essa segurança e nós montamos um sistema adequado e operativo, no mesmo nível dos demais outros grandes países. A Esplanada dos Ministérios será o ponto mais bem defendido da história do Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro", declara o Comandante de Operações Aeroespaciais, Major-Brigadeiro do Ar Ricardo Cesar Mangrich.

O Major-Brigadeiro Mangrich é o Comandante de Operações AeroespaciaisA Defesa Antiaérea faz parte do esquema especial para garantir a segurança durante o evento. O planejamento prevê a criação de três áreas (vermelha, amarela e branca), que serão acionadas ao meio-dia do dia 1°, além de medidas que serão tomadas contra as aeronaves consideradas hostis, que são aquelas que não cumprirem as determinações da Defesa Aérea. Conforme a posição da aeronave e a classificação de hostilidade, as medidas vão ser adotadas progressivamente da interceptação, passando pelo tiro de aviso até o tiro de destruição.

"Tudo isso será coordenado de uma sala de controle do prédio do Comando de Operações Aeroespaciais [COMAE], onde nós observamos a aeronave entrando na área. A ordem é toda feita por palavras-código e tudo é gravado. Quem pode autorizar a destruição de uma aeronave é o Presidente da República, que, por meio do Decreto, delegou isso ao Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato", explica o Major-Brigadeiro Mangrich.

Defesa Antiaérea

Para que isso ocorra, a Defesa Antiaérea será composta por 12 Unidades de Tiro empregando dois tipos de armamentos: o míssil antiaéreo RBS 70 e o míssil antiaéreo IGLA S e envolve militares do 11º Grupo de Artilharia Antiaérea, do Exército Brasileiro (EB), que pertence à 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea; e o 3° Grupo de Defesa Antiaérea, da Força Aérea Brasileira (FAB), pertencente à 1ª Brigada de Defesa Antiaérea.

O míssil RBS 70 é telecomandado por intermédio da iluminação do alvo O míssil RBS 70, de origem sueca, é um dos armamentos antiaéreos mais modernos da atualidade e tem a capacidade de engajar aeronaves na faixa de velocidade de 0 a 300 metros por segundo dentro de um raio de sete quilômetros de sua posição.

"Esse é um sistema de mísseis telecomandados, ou seja, por intermédio da iluminação do alvo por um facho de laser, o sistema comanda o míssil até o alvo designado pela autoridade de Defesa Aeroespacial, com capacidade de neutralizar a ameaça que possa aparecer no espaço aéreo", destaca o Comandante do 11º Grupo de Artilharia Antiaérea do EB, Tenente-Coronel Marcos César Oliveira de Assis.

Já o míssil IGLA S, de fabricação russa, é capaz de engajar aeronaves dentro de um raio de seis quilômetros de sua posição e possui um guiamento de atração passiva por infravermelho. "Esse tipo de míssil, após ser feito o disparo, não precisa ser guiado. Ele automaticamente se guia na direção do alvo sem nenhuma ingerência do atirador, seguindo a fonte de calor que ele acoplou, indo na direção do alvo até impactar", especifica o Comandante do 3º Grupo de Defesa Antiaérea da FAB, Tenente-Coronel de Infantaria Fernando Maurício Gomes.

Radares Saber M 60 possuem a capacidade de detectar alvos a baixa alturaPara a detecção das aeronaves hostis, além do sistema de radares da Força Aérea que varrem a totalidade do espaço aéreo brasileiro, serão empregados, também, radares de baixa altura portátil SABER M 60, que possuem a capacidade de detectar alvos a baixa altura a um raio de até 60 quilômetros, complementando a cobertura radar para promover a proteção do espaço aéreo do Distrito Federal.

 

Fotos: Soldado Wilhan campos / CECOMSAER

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