MISSÃO DE PAZ

Ministério da Defesa realiza cerimônia de encerramento da missão de paz no Haiti

Solenidade será realizada no sábado (21/10) no Rio de Janeiro
Publicada em: 20/10/2017 10:55
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Fonte: Ministério da Defesa

Com o intuito de homenagear os cerca de 37,5 mil militares que atuaram ao longo de 13 anos na Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (MINUSTAH), o Ministério da Defesa, em conjunto com a Marinha, o Exército e a Força Aérea Brasileira, realizam neste sábado (21), no Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial (MNMSGM), no Rio de Janeiro (RJ), a cerimônia de encerramento da participação brasileira na Missão de Paz.

Com as bandeiras do Brasil, do Haiti e da Organização das Nações Unidas (ONU) hasteadas, cerca de 300 militares das três Forças, integrantes do grupamento do Contingente Militar Brasileiro (CONTBRAS), trajando uniformes camuflados e a reconhecida e respeitada boina azul, receberão as deferências pelos serviços prestados e as contribuições ao país e, em especial, à população haitiana.

Durante a solenidade, um navio da Marinha fará as salvas em homenagem aos 25 falecidos durante os 13 anos de Missão, a tropa desfilará acompanhada do sobrevoo de aeronaves da Força Aérea Brasileira, e haverá ainda uma apresentação da Banda Marcial do Corpo de Fuzileiros Navais.

Missão Cumprida

O cessar das operações do Brasil no Haiti e o processo de desmobilização foi iniciado em agosto, em Porto Príncipe, e concluído no dia 15 de outubro, quando se encerraram as medidas de repatriação de pessoal e material.

O trabalho desenvolvido pelos 37,5 mil capacetes azuis no Haiti foi eficiente e relevante. A participação dos militares brasileiros é reconhecida pelo povo haitiano e por autoridades internacionais pela desenvoltura com que combinam funções militares, como o patrulhamento e as atividades sociais, de cunho humanitário.

O principal objetivo foi contribuir com o Componente Militar da Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (MINUSTAH) na manutenção do ambiente seguro e estável no Haiti, apoiar as atividades de assistência humanitária e de fortalecimento das instituições nacionais e realizar operações militares de manutenção da paz na sua área de responsabilidade.

Os maiores desafios enfrentados pela tropa brasileira na MINUSTAH foram a pacificação de Cité Soleil no início da Missão, a atuação durante o terremoto em 2010 e por ocasião do Furacão Matthew em 2016.

Desde 2004, além de ser o maior país contribuinte com tropa, o Brasil sempre teve um oficial-general como chefe do componente militar da missão. O último a desempenhar esta função de Force Commander foi o General Ajax Porto Pinheiro.

O encerramento da Missão se deu pelo 26º CONTBRAS, composto por 970 homens e mulheres, sendo 120 da Companhia de Engenharia do Exército Brasileiro e 850 do Batalhão Brasileiro, composto por 181 da Marinha, 639 do Exército e 30 da Força Aérea. Os militares, treinados durante seis meses, embarcaram para o Haiti em maio deste ano e desenvolveram suas atividades operacionais normais até o cessar das operações.

Com a retirada do Componente Militar do Haiti, a missão prossegue tendo como foco o ambiente político e jurídico, bem como a finalização da formação da Polícia Nacional Haitiana, sob a égide da ONU, sendo ativada a Missão das Nações Unidas para Apoio à Justiça no Haiti (MINUJUSTH).

Novas Missões

O Brasil permanecerá com suas Forças Armadas em condições de enviar efetivos para atuarem no exterior, especificamente em Missões de Paz sob o comando das Nações Unidas e observando os dispositivos legais que embasam a participação nacional em atividades desta natureza. São avaliadas as demandas internacionais que possam implicar o envio de tropas de paz para outros países e ainda o interesse nacional em atender à solicitação.

O Ministério da Defesa desenvolveu um Projeto denominado SETA (Seleção e Emprego de Tropas Adjudicadas), que representa um estudo continuado acerca de aspectos militares, logísticos, históricos, geográficos, econômicos, culturais, políticos e de relações exteriores de cada país e/ou região suscetíveis ao envio de efetivos nacionais, baseados nos cenários onde já existem missões sob a égide da ONU.

Foram estabelecidos indicadores que permitem a identificação dos riscos associados a essas operações, o levantamento das capacidades nacionais disponíveis para cada cenário e as necessidades logísticas para fazer frente à demanda. Nesse projeto, sob coordenação do Ministério da Defesa, participam as Forças Singulares (Marinha, Exército e Aeronáutica) e o Ministério das Relações Exteriores.

Atualmente, o Brasil mantém observadores militares e oficiais de estado maior em missões no Chipre, na República Centro-Africana, no Saara Ocidental, na República Democrática do Congo, na Guiné Bissau, no Sudão e no Sudão do Sul. Desde 2011, as Forças Armadas brasileiras estão no comando da missão de paz da Força-Tarefa Marítima (FTM) da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL). A Marinha mantém um navio e uma aeronave orgânica na costa libanesa com o objetivo de impedir a entrada de armas ilegais e contrabandos naquele país, além de contribuir para o treinamento da Marinha libanesa, de modo que possa conduzir suas atribuições de forma autônoma.

SERVIÇO:

Homenagem aos militares brasileiros que participaram da MINUSTAH

Data: 21/10/2017

Hora: 10h

Local: Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial - Avenida Infante Dom Henrique, 75 - Glória, Rio de Janeiro (RJ)

Credenciamento: no local, antes da cerimônia

Mais informações:

ASCOM/MD - (61) 3312-4071; (61) 99966-4064

Assessoria de Imprensa do Comando Militar do Leste (CML) - (21) 2519-520; (21) 99253-1109