TRANSPORTE DE ÓRGÃOS

FAB realiza mais duas missões de transporte de órgãos em São Paulo

Veja como foi o procedimento das missões que salvaram vidas
Publicada em: 14/09/2017 14:15
Imprimir
Fonte: Ten Lucas Rocha, 4º ETA, ALA 13
Edição: Agência Força Aérea, por Tenente Raquel Timponi

Tripulação e equipe médica que realizaram o transporte dos órgãos
O 4º Esquadrão de Transporte Aéreo (4º ETA) - Esquadrão Carajá, localizado na Ala 13, cumpriu, em menos de 12 horas, duas missões de Transporte de Órgãos Vitais (TROV). Para a execução das missões, foi necessário o acionamento de duas tripulações e aeronaves diferentes.

Primeiro transporte do dia

A primeira missão teve início na tarde do dia 31 de agosto. Imediatamente após o acionamento, a tripulação de sobreaviso da aeronave C-97 Brasília foi mobilizada, decolando às 17h10min de Guarulhos (SP) para São José do Rio Preto (SP), onde embarcou a equipe médica. Na sequência, seguiu em rota para Anápolis (GO), local em que ocorreu a captação de um coração procedente do Hospital Henrique Santilo.

O órgão foi entregue ao Hospital de Base de São José do Rio Preto (SP). “É uma grande satisfação ter realizado uma missão tão nobre como esta. Fico feliz em auxiliar a Central Nacional de Transplantes a salvar uma vida”, afirmou o Comandante da aeronave, Tenente Aviador Alexandre de Oliveira Maio dos Santos.

A segunda missão

Aeronave C-97 Brasilia que realizou o transporteAntes do retorno da primeira missão, outra tripulação de sobreaviso foi acionada. Dessa vez o objetivo foi a captação de um fígado no Hospital de Base, em São José do Rio Preto (SP). A logística da missão foi mais simples, já que o local de embarque da equipe médica e o destino final do órgão, o Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, coincidiam com a sede do Esquadrão Carajá.

O Comandante da aeronave no segundo acionamento, Tenente Aviador Osvaldo Peres Maslinkiewicz, falou sobre a missão. “Essa não é minha primeira e espero que não seja a última missão de transporte de órgãos, mas a alegria e o orgulho em contribuir são sempre os mesmos”, disse o piloto.

Os médicos do Hospital de Base de São José do Rio Preto (SP) que atuaram na extração dos órgãos revelaram a importância da missão. José Eduardo de Paula Liacono ressaltou a importância das famílias que autorizam a doação de órgãos: “Primeiramente, é importante agradecer às famílias que, mesmo em um momento difícil, aceitam a extração dos órgãos de seus entes queridos para doação a outras pessoas, mesmo que isso atrase as condolências do funeral”.

Já a Doutora Stefany Figueiredo de Lima Cruz destacou o papel fundamental da Força Aérea Brasileira no auxílio à logística para a realização dos transplantes. “Sem dúvidas a FAB facilita e, literalmente, salva vidas junto com a gente. Sem essa logística, a agilidade nos acionamentos e a própria velocidade das aeronaves, seria impossível realizar nosso trabalho”, completou.

Para essas duas missões foram utilizadas 5h40min de voo da aeronave C-97 Brasília. Em um balanço dos serviços prestados, somente no ano de 2017, foram 171 horas de voo destinadas a missões de Transporte de Órgãos Vitais (TROV) e 53 órgãos transportados pelo 4º ETA. Dentre as 41 missões TROV cumpridas pelo Esquadrão Carajá neste ano, metade foram dedicadas a apoiar o Sistema Nacional de Transplantes no Estado de São Paulo.

Fotos: Tenente Alexandre e Tenente Lucas Rocha