INTEROPERABILIDADE

Oficiais-Generais da Aeronáutica e da Marinha assumem cargo no Exército

Eles vão atuar no Comando de Defesa Cibernética
Publicada em: 25/04/2017 16:33
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Fonte: Agência Força Aérea, por Tenente João Elias

Pela primeira vez na história das Forças Armadas brasileiras, um Oficial-General de uma Força assume cargo em outra. O Contra-Almirante Nelson Nunes da Rosa, da Marinha do Brasil, assumiu a chefia do Estado-Maior Conjunto, e o Brigadeiro Intendente Mauro Fernando Costa Marra, da Força Aérea Brasileira (FAB), assumiu o cargo de Chefe do Departamento de Gestão e Ensino, ambos do Comando de Defesa Cibernética (ComDCiber), na estrutura regimental do Exército Brasileiro. A cerimônia foi realizada nesta terça-feira (25/04) no Quartel-General do Exército, em Brasília.

O Almirante Nelson ascendeu ao atual posto em março de 2016. Além do Curso de Formação de Oficial do Corpo da Armada, possui os cursos de Aperfeiçoamento de Submarino para Oficiais, de Comando e Estado-Maior, e de Política e Estratégia Marítimas. Durante sua vida militar, foi Delegado da Capitania dos Portos de Porto Alegre, Vice-Diretor do Pessoal Militar da Marinha e Subchefe de Logística do Estado-Maior da Armada.

Já o Brigadeiro Marra é Praça de março de 1979 e ascendeu ao atual posto em julho de 2016. Além dos cursos de formação e aperfeiçoamento de oficiais de Intendência, possui o curso de Comando e Estado-Maior e de Política e Estratégia Aeroespaciais. Também se formou em Análise de Sistemas e possui MBA em Política e Estratégia Aeroespacial e em Gestão Administrativa.

Ele foi Prefeito de Aeronáutica de Santa Cruz, Diretor da Pagadoria de Inativos e Pensionistas da Aeronáutica, Vice-Diretor de Tecnologia da Informação, Subdiretor de Encargos Especiais e Subdiretor de Abastecimento da Diretoria de Administração da Aeronáutica.

“A defesa cibernética no Brasil e nas Forças Armadas está começando. Há muito trabalho para ser feito e eu ter sido designado para essa missão é um orgulho muito grande. Estaremos juntos integrando as Forças para desenvolver esse trabalho”, ressaltou o Brigadeiro Marra.

De acordo com o Chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército Brasileiro, General de Exército Juarez de Paula Cunha, esse é um momento histórico dentro das Forças Armadas. “Na atual conjuntura, a integração das Forças Armadas no mais alto nível, no que tange ao ambiente cibernético, é a solução mais viável para enfrentar com proatividade os cenários adversos que se apresentam à defesa nacional”, afirmou o General Juarez.

ComDCiber

O Comando de Defesa Cibernética (ComDCiber) foi organizado de forma conjunta para fazer frente a um ambiente operacional que cresce a cada dia. Sua missão é planejar, orientar, coordenar e controlar as atividades operativas, doutrinárias, de desenvolvimento e de capacitação no âmbito do Sistema Militar de Defesa Cibernética, sendo seu órgão central, com o objetivo de assegurar o uso efetivo do espaço cibernético pelas Forças Armadas brasileiras e impedir ou dificultar sua utilização contra interesses da Defesa Nacional.

O Chefe do Estado-Maior Conjunto do Comando de Defesa Cibernética é responsável por consolidar a estrutura conjunta de defesa cibernética nos planejamentos estratégicos e operacionais e o desenvolvimento da doutrina cibernética conjunta, genuinamente nacional, que atenda às peculiaridades do Brasil e das Forças Armadas.

Já o Chefe do Departamento de Gestão e Ensino tem a missão de promover o incentivo à pesquisa e ao desenvolvimento de tecnologia nacional na área cibernética, com a finalidade de criar um banco de conhecimento especializado e compartilhado, bem como promover a interação dos projetos de ensino congêneres ou similares em desenvolvimento nas Forças Armadas, no Ministério da Defesa e em instituições civis, públicas e privadas, interagindo com a comunidade acadêmica nacional e internacional.

Os cargos foram instituídos em 11 de novembro de 2016 pelo Ministro da Defesa.

“A inserção de oficiais-generais da Marinha do Brasil e da Força Aérea Brasileira na estrutura regimental do Exército Brasileiro, talvez seja, depois da criação do próprio Ministério da Defesa e do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, o mais expressivo movimento em direção à tão esperada interoperabilidade”, declarou o General Juarez.