MISSÃO HUMANITÁRIA

Duas aeronaves foram envolvidas em uma missão de transporte de órgãos

O coração e o fígado de um doador foram transportados de Rondonópolis (MT) para Brasília (DF)
Publicada em: 01/03/2017 17:27
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Fonte: ETA 6
Edição: Agência Força Aérea, por Ten Emília Maria


Na terça-feira de Carnaval (28), o Esquadrão Guará (6º ETA) realizou uma missão conjunta de transporte de órgãos, mobilizando uma aeronave C-97 Brasília e um C-95 Bandeirante para a cidade de Rondonópolis (MT).

O C-97 levou os 5 médicos da equipe - 3 responsáveis pelo transporte e transplante do coração e 2 responsáveis pelo fígado.

Em Rondonópolis, a primeira equipe realizou a cirurgia de retirada do coração em cerca de três horas, retornando em seguida a Brasília. Depois de viajar mais de 700 quilômetros na aeronave da FAB, o órgão seguiu do aeroporto de Brasília para o Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (ICDF) em um helicóptero do Detran.

Após mais de 3 horas de cirurgia, a equipe responsável pela retirada e transporte do fígado retornou a Brasília no C-95 Bandeirante.

"Sinto-me honrado por ter participado de uma grande missão conjunta e gostaria de realizar inúmeras missões como essa em minha carreira", afirmou o Tenente Victor Hugo Masula Nunes, que participou de sua primeira missão de transporte de órgãos.

Acionamento - O processo de transporte de órgãos é iniciado quando a Central Nacional de Transplantes (CNT) é informada por uma central estadual sobre a existência de órgão e tecido em condições clínicas para o transplante. A CNT aciona as companhias aéreas para verificar a disponibilidade logística. Se houver voo compatível, os aviões comerciais recebem o órgão e levam ao destino. Quando não há, a Central contata a FAB, que desloca um ou mais aviões para a captação e transporte do órgão.

Os pedidos chegam à Força Aérea por meio de uma estrutura montada em Brasília, onde avalia-se qual esquadrão deve ser acionado. A partir de então, é ativada uma cadeia de eventos até a decolagem da aeronave. É preciso checar as condições de pouso no aeroporto de destino, acionar a tripulação e avisar ao controle de tráfego aéreo que se trata de um transporte de órgãos – tanto no plano de voo, quanto na fonia – isso confere prioridade ao avião para procedimentos de pouso e decolagem.

Números - Em 2016, a FAB fechou com um total de 190 órgãos transportados em 130 missões, envolvendo cerca de 550 horas de voo. Nos dois primeiros meses de 2017, já foram realizados mais de 15 missões que transportaram mais de 20 órgãos.

Saiba mais sobre o transporte de órgãos pela FAB na reportagem da revista Aerovisão.