TRÁFEGO AÉREO

Instituto de Controle do Espaço Aéreo certifica novo radar

Equipamento instalado em Petrópolis (RJ) reforça rede de radares em uma das regiões com maior movimento aéreo do País
Publicada em: 16/12/2016 07:30
Imprimir
Fonte: DECEA, por Gisele Bastos
Edição: Agência Força Aérea, por Ten Jussara Peccini

O Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA), sediado em São José dos Campos (SP), entregou na última semana (07/12) o Certificado de Avaliação de Conformidade do Radar Primário de Controle de Rota LP23SST, fabricado pela empresa Omnisys. O novo equipamento, instalado no Destacamento de Controle do Espaço Aéreo do Pico do Couto (DTCEA-PCO), em Petrópolis (RJ), integra a rede de radares utilizados para o controle do tráfego em uma das regiões com maior movimento aéreo do País. Ele permite a incorporação de um canal meteorológico e da função de altitude das aeronaves detectadas.

O ICEA é o órgão do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), organização responsável pelo gerenciamento e controle das atividades relacionadas ao controle do espaço aéreo, incumbido de tratar de questões relacionadas ao tema para avaliar e testar produtos e equipamentos que operam no Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB).

“Esta avaliação envolveu muito empenho e trabalho do efetivo. Temos satisfação do dever cumprido e por termos completado este processo de Avaliação de Conformidade junto com a Omnisys”, relatou o diretor do ICEA, Coronel Manoel Araujo da Costa Junior.

O LP23SST, ou Banda L, é um radar modular, totalmente em estado sólido, projetado para realizar a vigilância do espaço aéreo, no controle e na defesa aérea. O radar pode operar de forma totalmente autônoma, associado a um radar de vigilância secundária (Identificação Amigo-ou-Inimigo – IFF) ou operação em modo S, sendo configurado em todos os formatos possíveis de protocolos de comunicação.

O chefe-executivo da Omnisys, Luiz Henriques, avaliou a entrega do certificado como um momento “muito significativo” para a empresa. “Tivemos o envolvimento de pessoas do ICEA, engenheiros da França, fizemos testes de hardware e software, testes com o radar em operação no Pico do Couto (Petrópolis - RJ). Foi um esforço conjunto com o ICEA para atender aos requisitos solicitados. Para nós, isso é muito importante”, afirmou o executivo. A empresa já instalou mais de 120 radares de gestão de tráfego aéreo, além de sistemas de auxílio à navegação.

Fases – O processo de avaliação do radar LP23SST iniciou em julho de 2015 e foi dividido em fases que submeteu o equipamento a uma série de testes e análises para comprovar os requisitos especificados pelo Comando da Aeronáutica e fundamentados em legislação internacional.

“O processo realizado pelo ICEA precisa assegurar a garantia de cumprimento dos requisitos técnicos e funcionais pré-estabelecidos em normas internacionais da Organização de Aviação Civil Internacional (OACI)”, explicou o Capitão Engenheiro Leonardo Marini Pereira, da Divisão de Certificação e Fomento do Instituto que acompanhou todo o processo.

A metodologia de avaliação elaborada pelo ICEA atende a Diretriz do Comando da Aeronáutica (DCA 800-2), que trata da garantia da qualidade e da segurança de sistemas e produtos. O documento preconiza a responsabilidade da instituição em assegurar a qualidade e a segurança dos sistemas e produtos por ele utilizados no cumprimento de sua destinação constitucional e de suas atribuições subsidiárias.

O grupo de trabalho para a certificação de conformidade envolveu por engenheiros da Omnisys e do Parque de Material de Eletrônica da Aeronáutica do Rio de Janeiro (PAME-RJ), sob a coordenação do ICEA e supervisão do Subdepartamento Técnico (SDTE) do DECEA. Foram realizados testes em laboratórios da empresa e ainda outros testes do radar em campo pelo Grupo Especial de Inspeção em Voo (GEIV). O cronograma também considerou os prazos estabelecidos pela Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA), responsável pela obra de modernização do radar do Pico do Couto.

É a segunda vez que o Instituto emite um certificado de Avaliação de Conformidade. O primeiro foi em dezembro de 2015, para o equipamento DME 0200, produzido pela empresa IACIT Soluções Tecnológicas S/A.