INFANTARIA

FAB capacita 30 novos militares em operações com cães de guerra

É a quarta vez que o Batalhão de Infantaria de Aeronáutica Especial de Recife realiza esse tipo de curso
Publicada em: 28/10/2016 16:25
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Fonte: BINFAE-RF
Edição: Agência Força Aérea, por Ten Gabrielli Dala Vechia

Crédito: Cabo Alexandrino/BINFAE-RFO Batalhão de Infantaria de Aeronáutica Especial de Recife (BINFAE-RF) formou trinta novos especialistas em cinofilia, cinotecnia e condução de cães farejadores. O curso teve duração de três semanas e capacitou os militares para emprego do cão de guerra em diversas atividades de segurança. Além de pessoal da própria Força Aérea Brasileira, foram formados representantes do Exército e da Guarda Municipal de Vitória de Santo Antão (PE).

O Tenente Marco Aurélio Souto, coordenador do estágio, explica que cinofilia se refere ao estudo da criação canina (vacinação, cuidados veterinários, etc.) e cinotecnia ao treinamento e adestramento dos cães. Durante o estágio, foram ministradas instruções como pista de obstáculos, técnicas verticais (como rapel), condução dos cães de faro, comandos de disciplina e ataque e transposição de cursos de água. 

Crédito: Cabo Alexandrino/BINFAE-RFO veterinário afirma que esse será o último curso oferecido nesses moldes, pois a Força Aérea Brasileira (FAB) está trabalhando em uma legislação que vai padronizar a doutrina de emprego de cães para as unidades de todo o País. A partir de 2017, o BINFAE-RF irá centralizar o curso de adestradores. Já o estágio de condutores de cães será realizado pelos comandos aéreos regionais. A grande diferença é que está em processo final de aprovação pelo Comando-Geral de Operações Aéreas (COMGAR) uma Instrução do Comando da Aeronáutica (ICA) para padronização das operações com cães na FAB. 

O documento foi elaborado a partir de um currículo e de um manual construídos pelo BINFAE-RF com a colaboração de médicos veterinários e operadores de diversos canis da FAB, além de outros órgãos. Até agora, o emprego de cães na FAB era organizado por normas regionais. "Com essa nova ICA, que deve ser assinada nos próximos meses, de Manaus a Santa Maria, falaremos a mesma língua no que se refere ao funcionamento dos canis", explica o Tenente Souto. 

O emprego do cão nas operações militares é de grande relevância. O veterinário afirma que as principais Forças Armadas no mundo, como a Royal Air Force, valem-se dos cães para aproximadamente 70% das suas operações. "Para se ter uma ideia, o Exército Israelense utiliza cães à frente das suas unidades de patrulha, para identificação de minas terrestres", exemplifica.