OPERAÇÃO AMAZÔNIA

Profissionais de saúde das Forças Armadas atendem população de Iranduba (AM)

A ação social ocorreu durante a Operação Amazônia
Publicada em: 17/10/2016 16:38
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Fonte: VII COMAR
Edição: Agência Força Aérea, por Ten Iris Vasconcellos

Mais de 650 pacientes foram atendidos no Hospital de Campanha (HCAMP) da Força Aérea Brasileira (FAB), em Ação Cívico-Social (ACISO) realizada no município de Iranduba, localizado a 40 quilômetros de Manaus (AM), no último domingo (16/10). A ação faz parte da Operação Amazônia e continua até a próxima terça-feira (18/10) com a expectativa de atender 1200 moradores da região.

Cerca de 40 profissionais de saúde das Forças Armadas realizaram atendimentos em diversas especialidades, incluindo pediatria, ortopedia, cardiologia e centro cirúrgico. De acordo com o Diretor do Hospital de Aeronáutica de Manaus (HAMN), Tenente-Coronel Médico Francisco Eliomar Gomes de Oliveira, iniciativas como essa mostram que as Forças Armadas podem apoiar a população em situações de dificuldade. “Nós conseguimos ajudar independentemente das distâncias que existem nosso País’’, destacou o Tenente-Coronel Eliomar.

O jovem casal e pais de primeira viagem, Jorge Souza, 27, e Tiana Souza, 22, chegou bem cedo ao hospital de campanha em busca de uma consulta para o filho Josúe, 4 meses. De acordo com Jorge, a cidade está sem pediatra e o bebê nunca tinha sido atendido por um especialista. "Foi um alívio conseguir essa consulta, pois nosso bebê já está há três dias passando mal e aqui nós não temos o atendimento especializado que ele precisa. Estávamos nos preparando para ir a Manaus quando descobrimos a Ação das Forças Armadas e ficamos muito felizes”, revelou o pai.

Já a autônoma Sulamina Leal, 58, também foi atendida na ACISO por uma dermatologista da FAB para tratar um antigo problema de pele. “Ter uma consulta dessas de graça e tão perto de casa é uma benção. Impedida de trabalhar devido à alergia na pele, eu não tenho mais recursos nem para ir à cidade atrás de tratamento. Aqui eu fui bem atendida e ainda ganhei remédios’’, comemorou.

Operação Amazônia

Mais de 1,8 mil militares das Forças Armadas e de instituições parceiras participaram da Operação Amazônia, no período de 7 a 18 de outubro, em Iranduba. Coordenada pelo Ministério da Defesa, a operação empregou nove aeronaves, 28 embarcações e 44 viaturas.

O objetivo foi treinar a interoperabilidade das Forças Armadas em diversos cenários. Por exemplo, durante um assalto por tropas militares que tentaram dominar um grupo guerrilheiro, socorro médico em simulação de acidente com múltiplas vítimas feridas por explosão e na Ação Cívico-Social.

No período de 15 e 16 de outubro, foi realizado um assalto aeromóvel (tropas transportadas por helicópteros) com o helicóptero H-60 Black Hawk, do Esquadrão Harpia (7º/8º GAV), e aeronaves do 1º Batalhão de Infantaria de Selva Aeromóvel e do 4º Batalhão de Aviação do Exército. As três unidades estão sediadas em M
anaus. A simulação foi acompanhada pelo Ministro da Defesa, Raul Jungmann, e por oficiais-generais das Forças Armadas.

Também foi realizada, nesse período, uma simulação de atendimento de feridos, por meio da prática de medicina operativa e da evacuação para o Hospital de Campanha da FAB, montado no porto de Iranduba e operacionalizado com médicos militares das Forças Armadas.

De acordo com o Major Médico da Força Aérea Rodolfo Siqueira, Comandante do Hospital de Campanha, a estrutura do HCAMP conta com cerca de 40 profissionais, entre médicos, enfermeiros, dentistas e farmacêuticos.

Para o Comandante do Sétimo Comando Aéreo Regional (VII COMAR), Major-Brigadeiro do Ar Waldeísio Ferreira Campos, a estrutura do Hospital de Campanha é multifacetada. “Tão importante quanto o atendimento é a população saber que a Força Aérea numa situação real irá combater do mesmo jeito que treinou. Nós dispomos dos meios e das aeronaves para a realização de missões como essa, mas só com a interação entre as Forças, que conseguimos um melhor resultado”, disse.

“Esse tipo de exercício é fundamental para que as nossas Forças, em primeiro lugar, estejam adestradas e prontas para atuar em um cenário como este ou similar, aqui ou na defesa das nossas fronteiras, e também, para que exercitem a interoperabilidade, ou seja, a capacidade das Forças de atuarem conjuntamente, de forma articulada”, destacou o ministro Raul Jungmann durante a visita.