RIO 2016

FAB monitorou mais de 1.600 voos durante Olimpíadas e Paralimpíadas

Gereanciamento do espaço aéreo e defesa aérea foram destaques no evento esportivo
Publicada em: 26/09/2016 15:00
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Fonte: DECEA, por Gisele Bastos
Edição: Agência Força Aérea, por Ten Cynthia Fernandes

Mais de 1.672 voos foram monitorados pela Força Aérea Brasileira (FAB) durante os 63 dias de operação que compreendeu os Jogos Olímpicos e Paralímpicos no Rio de Janeiro. Os números foram apresentados em coletiva de imprensa, na última quinta-feira (22/09), promovida pelo Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil.

As ações de coordenação do tráfego aéreo foram feitas a partir da Sala Master de Comando e Controle, no Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), organização subordinada ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA). Representantes do governo, companhias aéreas e aeroportos acompanharam o deslocamento de atletas, animais e equipamentos utilizados nas competições, além do monitorar os voos de chefes de Estado, dignatários e autoridades governamentais. No total, foram 21 organizações participantes, sete ministérios do Governo Federal e o trabalho de 124 pessoas.

A Sala Master de Comando e Controle ficou responsável por controlar 113 voos VIP, 95 com chefes de Estado, 109 voos com autoridades que utilizaram aviação regular, 159 deslocamentos da família olímpica e paralímpica. Também foram acompanhados 838 voos para monitamento da segurança do evento, 354 voos da empresa que veiculou as imagens oficiais dos jogos e quatro apresentações da Esquadrilha da Fumaça.

O chefe do Subdepartamento de Operações do DECEA e coordenador da Sala Master, Brigadeiro do Ar Luiz Ricardo de Souza Nascimento, detalhou o trabalho da FAB. Segundo ele, o gerenciamento do espaço aéreo e a defesa aérea, coordenada pelo Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA), foram destaques, uma vez que o Brasil é o único país que integra as duas áreas.

"Nosso conceito inicial era manter a segurança e viabilizar fluidez na operação do tráfego civil", explicou. Na defesa aeroespacial, a Força Aérea Brasileira (FAB) realizou 37 missões de interceptação, oito de interrogações e quatro com ocorrências de alteração de rota.

A Área de Controle Terminal (TMA) Rio, a segunda maior do País, teve sua configuração modificada por causa de restrições de segurança. De acordo com ele, foram ativadas zonas de exclusão para sobrevoo na cidade do Rio de Janeiro – e nas cidades que realizaram partidas de futebol – que dividiram o espaço aéreo em três níveis demarcados com as cores branca, amarela e vermelha, com restrições distintas.

A preparação do DECEA incluiu ainda o treinamento de mais de dois mil controladores de tráfego aéreo no Programa de Simulação de Movimentos Aéreos (PROSIMA), que garantiu a análise das lições aprendidas em grandes eventos realizados anteriormente, reuniões com a comunidade aeronáutica e a elaboração de cartas de voo com novos procedimentos de chegada e saída. Outra funcionalidade disponibilizada foi a possibilidade dos pilotos enviarem planos de voo pela internet, através do Sistema Integrado de Gestão de Movimentos Aéreos (SIGMA).

Para atender ao aumento de tráfego nos aeroportos durante as Olimpíadas e Paralimpíadas, a Torre de Controle do Aeroporto do Galeão (TWR-GL) do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo do Galeão (DTCEA-GL), teve suas posições duplicadas para aumentar a capacidade de controle. Houve aumento do número de controladores, com o objetivo de dobrar a capacidade de gerenciamento de movimentos.

O Brigadeiro Luiz Ricardo também fez referência ao Portal Operacional do CGNA, que tornou possível o acesso de um piloto estrangeiro às normas, contingências, capacidades de pistas e setores de controle de tráfego aéreo, além de informações aeronáuticas e condições meteorológicas no Brasil. 

Assista ao vídeo com a apresentação do balanço do tráfego aéreo na RIO 2016