RIO 2016

Sala Master tem seu primeiro dia de atividades para a Olimpíada

As novidades são o aumento no número de posições e um software inédito de compartilhamento de informações
Publicada em: 20/07/2016 16:30
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Fonte: DECEA, por Ten Glória Galembeck


Faltando 16 dias para a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, foi ativada, no Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), a Sala Master de Comando e Controle, que tem como função garantir a fluidez do tráfego aéreo durante o evento. O Secretário Executivo do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Fernando Melro, visitou a Sala no início das atividades e conheceu o processo de decisão colaborativa - metodologia na qual se baseia, rotineiramente, o trabalho do CGNA e que é adotada na Sala Master.

“Este centro está totalmente preparado para receber os Jogos Olímpicos. É muito importante que a Sala Master funcione de maneira integrada, pude notar a harmonia que existe entre os órgãos. As pessoas que estão trabalhando aqui foram escolhidas a dedo e estão preparadas”, afirmou o Secretário, após visitar as instalações.

Na avaliação do Brigadeiro do Ar Luiz Ricardo de Souza Nascimento, Coordenador da Sala Master, o desafio é que se trata de um evento longo que ocorre, quase na sua totalidade, na cidade do Rio de Janeiro. “Nós já tivemos outros grandes eventos que representam um pouco o que serão os Jogos Olímpicos. Na Jornada Mundial da Juventude, em 2012, tivemos um grande fluxo de pessoas concentradas na cidade do Rio de Janeiro em poucos dias. Na Copa do Mundo, tivemos esse movimento distribuído em várias cidades-sede, por um período mais longo”, comparou.

Para receber os órgãos e agências que atuam nessa missão, foi criada uma Sala Master 2, com mais 12 posições de trabalho em relação à estrutura utilizada na Copa do Mundo. Outra novidade é a utilização de um software desenvolvido especialmente para a Olimpíada, o Sistema de Gestão de Voos Olímpicos e Paralímpicos (SGVOP). O sistema é resultado do aprimoramento de uma versão anterior do software, utilizada na Copa do Mundo 2014. “A versão da Copa do Mundo nos permitia visualizar as aeronaves estacionadas nos pátios e os Chefes de Estado em voo. Para esta versão, entendemos que a prioridade era a ênfase na defesa aérea e voos de segurança pública”, explicou o Major Aviador Marcelo Jorge Pessoa Cavalcante, Chefe da Divisão Técnica do CGNA e desenvolvedor do sistema. 

O SGVOP se baseia no compartilhamento de informações entre os órgãos que podem ser possuidores de informações relevantes a respeito dos voos durante os Jogos Rio 2016. Por exemplo, compete ao Ministério das Relações Exteriores (MRE) alimentar o sistema com dados sobre voos de Chefes de Estado. O SGVOP é dividido em três linhas atuação: voos de segurança pública, voos principais e segurança aeroportuária.

No que diz respeito aos voos de segurança, que são aqueles realizados por aeronaves das Forças Armadas, Polícia Federal, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e demais órgãos, o sistema reduz a quantidade de etapas na comunicação entre o solicitante, o Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA) e o controle de tráfego aéreo. Ao solicitar autorização para um voo que adentre as áreas de exclusão vermelha ou amarela, por exemplo, será realizada com mais celeridade a atribuição do código transponder à aeronave, condição básica para a realização de voos nessas áreas. 

Os voos principais, que são aqueles nos quais se insere o transporte aéreo de Chefes de Estado, família olímpica e a distribuição de slots VIPs, também tramitam no SGVOP. O sistema permite uma comunicação mais ágil entre o Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER), o MRE, o Ministério dos Esportes, os órgãos de controle de tráfego aéreo, a Sala Master e o receptivo na Base Aérea do Galeão (BAGL), no caso de desembarque naquele local. “Todos os envolvidos têm ciência de cada etapa do voo desde a solicitação até o pouso”, informou o Major Marcelo.

Já a linha de segurança aeroportuária do SGVOP será utilizada quando aeronaves da aviação geral necessitarem realizar movimentos que envolvam aeroportos situados na área de restrição amarela. Antes de penetrar nesse espaço aéreo, as aeronaves e suas tripulações têm de ser submetidas a uma série de procedimentos de segurança. “O SGVOP procura dar celeridade e amplitude na informação. Ou seja, se nós tivermos a informação correta dada pela instituição que está conosco dentro da sala, nós teremos todo o processo de autorização e acompanhamento do voo, que será a nossa rotina na Sala Master”, explicou o Brigadeiro Luiz Ricardo.

A Sala Master de Comando e Controle vai funcionar 24 horas por dia até o dia 24 de setembro.

Assista, abaixo, às entrevistas do Secretário Fernando Melro e do Brigadeiro Luiz Ricardo, e a uma reportagem sobre o funcionamento da Sala Master.