OPERACIONAL

Esquadrão Falcão participa de exercício operacional Macapex

O objetivo é a capacitação de militares para resgate em ambiente de selva, especialmente em período noturno
Publicada em: 22/03/2016 08:02
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Fonte: Agência Força Aérea, por Ten Iris Vasconcellos

Cerca de 60 militares do Esquadrão Falcão (1°/8° GAV) finalizam nesta quarta-feira (23/03) o exercício operacional Macapex XIV. Com duração de duas semanas, o objetivo do treinamento é capacitar novos pilotos e tripulantes no resgate em terra e água com o emprego do helicóptero H-36 Caracal.

A capital amapaense foi o cenário escolhido por estar localizada na selva amazônica e ter instabilidade climática, o que dificulta a realização dessas operações. “É o cenário que encontramos no nosso dia a dia”, ressalta o comandante do Esquadrão sediado em Belém (PA), Tenente-Coronel Marcelo Figueiras de Sena.

Para ele, esse treinamento facilita a execução de umas das principais missões da unidade aérea: salvar vidas. “É importante estarmos sempre preparados para realizar resgate em diversas situações e garantir a segurança tanto da vítima quanto da própria tripulação”, destacou.

  Um dos destaques do Macapex XIV é o treinamento com o auxílio do óculos de visão noturna (NVG). Um dos participantes do exercício, o mecânico e operador de equipamentos do H-36 Caracal, Sargento Marcelo Rodrigues, explica a importância do equipamento. “O resgate noturno na água só é possível com o H-36, devido a sua automação”.

A automação do helicóptero é baseada em quatro eixos, o que permite que a aeronave corrija alguns movimentos de navegação que não podem ser corrigidos de forma manual. O helicóptero possui, ainda, um sistema automático de controle de voo, o que confere mais possibilidades para a aeronave, como facilidade de navegação durante o mau tempo.

Há oito anos no esquadrão, o piloto, Capitão Átila Miranda Alves de Campos, ressalta que o resgate é comumente realizado com a infiltração dos homens de resgate por meio do guincho a partir do voo pairado pouco acima da copa das árvores. “Essa operação expõe a tripulação a muitos riscos e requer que todos estejam muito bem treinados. Os tripulantes são os olhos dos pilotos nessas operações. Tudo tem que ocorrer de forma coordenada para não comprometer a segurança da aeronave de resgate e das vítimas”, destaca.

Para ele, o exercício operacional permite que eles continuem fazendo umas das coisas que o deixam mais orgulhoso de pertencer à FAB. ”É muito gratificante e sinto muito orgulho por integrar um esquadrão que leva esperança para as pessoas”, finaliza.