TREINAMENTO

Interação entre os militares marca exercício militar em Santa Catarina

Nesta edição, treinamento reforça preparação das equipes SAR que estarão em prontidão na Rio 2016
Publicada em: 17/03/2016 12:53
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Fonte: Exercício Carranca V, por Denise Fontes

  ASCOM DECEA/ Fábio MacielO relógio dispara quando ocorre um acidente aeronáutico. Em terra ou no mar, cada minuto é fundamental para a missão de busca e salvamento. Nesse cenário, uma complexa operação aérea é montada pela Força Aérea Brasileira (FAB) para localizar e resgatar, no menor tempo possível, os sobreviventes.

Esse é o contexto do Exercício Carranca V, realizado na Base Aérea de Florianópolis (BAFL). A exemplo do que acontece em outras operações com unidades deslocadas na FAB, pilotos, controladores de tráfego aéreo, mecânicos, especialistas em comunicações e outros profissionais treinam e aperfeiçoam os conhecimentos sobre coordenação, execução de missões e técnicas de resgate de acidentes no mar e na terra.

O objetivo é promover a troca de experiência entre os participantes. Enquanto alguns são jovens, outros têm anos de experiência. É o caso do Major Emerson Marques de Barcellos, que é controlador de tráfego aéreo. Ele atuou durante 11 anos como coordenador de missões de busca no Salvaero do Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA III), do Recife (PE).

  ASCOM DECEA/ Fábio MacielEntre suas experiências mais marcantes está a missão real de busca após o acidente com o voo 447 da aeronave da Air France, em junho de 2009. “Nossa missão começa com o primeiro relato do desaparecimento de uma aeronave e só termina com o resgate dos sobreviventes ou com a suspensão das buscas”, explica.

Mesmo experiente, ele diz ser importante participar de um exercício de busca e salvamento como o Carranca V. "Podemos trocar experiências, permite que os participantes atuem em conjunto a fim de melhorar o planejamento e a execução de missões de busca e salvamento. Mesmo aquele que chegou há um ano tem alguma experiência a ser compartilhada", conta.

  A função de coordenação também passa por avaliações durante o exercício. Para isso, foram montados na BAFL dois subcentros de coordenação semelhantes aos encontrados nos CINDACTAs de Brasília, Curitiba, Recife e Manaus, compostos por representantes de cada uma dessas organiações.

Para o Sargento José Carlos da Silva, especialista em comunicações, outra vantagem é que o exercício possibilita um treinamento completo de todos os envolvidos, desde o momento que uma aeronave desaparece do radar até o resgate das vítimas.

Com quatro anos de experiência em operações na região amazônica, a Sargento Alexandra Souza Lopes de Santana descreve sua satisfação em participar pela primeira vez do exercício. “É uma oportunidade de treinamento e interação entre profissionais de diferentes especializações e todos aprendemos muito”, ressalta.

  ASCOM DECEA/Fábio MacielA capacitação visa o emprego em atividades operacionais e, sobretudo, nos grandes eventos. O investimento traz benefícios à sociedade que conta com profissionais capacitados e sempre engajados em salvar vidas.

Neste ano, o treinamento brasileiro reforça a preparação de equipes SAR (Search and Rescue) que estarão em prontidão para emergências durante os Jogos Olímpicos Rio 2016.