SOCIAL

``Só conhecia helicóptero pequeninho no céu´´

Alunos de escola do campo quebram a rotina na Base Aérea de Florianópolis
Publicada em: 16/03/2016 14:50
Imprimir
Fonte: Agência Força Aérea, por Ten Jussara Peccini

  DECEA/Fábio Maciel  DECEA/Fábio MacielCerca de 15 crianças de Costão do Frade, comunidade rural do município de Bom Retiro (SC), conheceram, nesta terça-feira (15/03), helicópteros da Força Aérea Brasileira (FAB) usados para salvar vidas. ``Só tinha visto helicóptero pequeninho no céu´´, conta Victor Possenti, de 6 anos.

A presença do grupo de crianças entre as barracas, hangares e militares do Exercício Carranca V, em Florianópolis (SC), quebrou a rotina de decolagens de aeronaves, acionadas a todo instante para realizar missões de buscas e salvamentos de casos simulados.

Para chegar à Base Aérea de Florianópolis (BAFL) às 9h da manhã, Victor e os colegas acordaram cedo. Viajaram cerca de 2,5 horas para percorrer os cem quilômetros que separam a capital do município da serra catarinense. Em frente ao helicóptero H-60 Black Hawk, Victor estava tímido com as novidades de um mundo completamente diferente da sua rotina. ``Bem legal´´, diz o garoto depois de fazer uma foto dentro da cabine do helicóptero.

  DECEA/Fábio MacielFrancieli Branger Gois, de 9 anos, aluna do terceiro ano, costuma brincar de casinha na sua rotina extraescolar. Perguntada se um dia gostaria de pilotar um helicóptero como o Black Hawk, ela responde que a aeronave é muito grande. ``Dá medo´´, conta impressionada depois de ter entrado na aeronave.

Quem guiou e explicou, numa linguagem bem simples, tudo o que estava acontecendo foi o Tenente Guilherme Ribeiro, oficial de relações públicas do Esquadrão Phoenix (2/7 GAV), sediado na BAFL.

``Essa rotina que estamos vendo é atípica. Temos aqui esquadrões de Campo Grande, Santa Maria, Rio de Janeiro e Salvador´´, conta sobre a movimentação intensa do local. O Tenente Guilherme enfatiza que a carreira militar apresenta oportunidades para todos e faz questão de ressaltar às crianças que piloto também é profissão de mulher.

``Mostramos, principalmente para as meninas, que é possível´´, explica. No ano passado, a BAFL recebeu cerca de 2,5 mil crianças de escolas públicas do município e entorno. O programa visa atender aos diversos pedidos de visita.

  DECEA/Fábio MacielPara a professora Marlene Brogni essa oportunidade vai ficar marcada na memória dos estudantes. ``Isso é muito valioso na vida desses alunos. É um aprendizado ao vivo.Tem crianças aqui que nunca viram o mar´´, conta sobre o impacto causado nos alunos. 

``Vou chegar em casa e contar que eu vi o helicóptero decolando´´, conta Davi, 8 anos, pertinho do pátio de aeronaves. E, respondendo ao colega que cogitou a descrença da família ao ouvir o relato, Davi responde rápido: ``mostro a foto´´.