SATÉLITE

FAB e Telebras assinam cessão de uso de áreas para construção de infraestrutura de solo

Centros de operações e antenas de recepção e envio de dados do SGDC serão erguidos dentro de áreas militares
Publicada em: 02/12/2015 16:37
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Fonte: Agência Força Aérea/Telebras

  Agência Força Aérea/Sargento BatistaA Força Aérea Brasileira (FAB) e a Telebras assinaram, na quarta-feira (02/12), em Brasília (DF), acordo que prevê a cessão de uso de áreas militares para a construção da infraestrutura crítica de solo para o comando e controle do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC). O lançamento do equipamento está previsto para o segundo semestre de 2016 e terá uso dual, ou seja, será voltado simultaneamente par aplicações civis e militares. Atenderá as demandas de comunicação do Ministério da Defesa e ao Plano Nacional de Banda Larga.

“Esse momento é um marco importante porque a liberação dessas áreas significa ter carta branca para podermos construir as estações”, avaliou o Gerente de Satélite da Telebras, Sebastião do Nascimento Neto.

Os processos entre as unidades militares e a Telebras são coordenados pela Comissão de Coordenação e Implantação de Sistemas Espaciais (CCISE), que também presta assessoramento à equipe na especificação dos projetos. A Telebras é responsável pela contratação dos projetos executivos e obras de infraestrutura crítica.

O Centro de Operações Primário ficará localizado dentro da área do Sexto Comando Aéreo Regional (VI COMAR), em Brasília, e o Centro de Operações Secundário, uma estrutura de backup, ficará na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, dentro de uma área da Marinha. Além disso, estações de acesso, ou seja, antenas de recepção e envio de dados, estarão localizadas em Campo Grande, Florianópolis e Salvado, além das que serão instaladas em Brasília e no Rio de Janeiro.

De acordo com a Telebras, nesta semana, técnicos da empresa francesa Thales Alenia Space (fabricante do SGDC) começaram a instalar os equipamentos de controle terrestre do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) no Centro Temporário de Operações Espaciais (Cope), em Brasília. Os equipamentos serão usados para controlar remotamente o posicionamento do satélite, que cobrirá todo o território brasileiro. Atualmente, o SGDC encontra-se em estágio de montagem na sede da Thales Alenia em Cannes, na França.

Tecnologias compartilhadas - O Chefe do Estado-Maior de Aeronáutica (EMAER), Tenente-Brigadeiro do Ar Hélio Paes de Barros Júnior, destacou a importância da característica dual (civil e militar) do projeto. “A Estratégia Nacional de Defesa prevê a integração civil e militar. E este projeto se adequa perfeitamente. Tanto no trabalho conjunto entre as Forças Armadas e como com outras entidades civis”, exemplificou.   Agência Força Aérea/Sargento Batista O oficial-general também ressaltou, durante o ato de assinatura, a relevância do projeto para a sociedade brasileira. 

De acordo com o gerente da Telebras, o SGDC é o maior projeto da Telebras. O SGDC pesa 5,8 toneladas e terá capacidade de transmitir 54 gigabits por segundos. Ele vai complementar a rede de fibra ótica brasileira para levar internet banda larga para as comunidades mais distantes, principalmente na região Norte do Brasil.

“A implantação de rede de fibra ótica [naquela região] é inviável em função da geografia. Só por satélite para conseguir chegar aonde se precisa chegar. Esse projeto é fundamental para o Brasil e os brasileiros têm a ganhar”, finaliza.

Saiba mais - A previsão para colocar o satélite em órbita é o terceiro trimestre de 2016, pela empresa Arianespace, a partir da base na Guiana Francesa. Após um período de ajustes e de testes, o satélite começará a sua operação comercial no início de 2017.