DIA DO AVIADOR

Conheça a história de aviadores da FAB que foram inspirados por membros da família

Veja como familiares influenciam as escolhas dos pilotos da FAB
Publicada em: 24/10/2015 10:08
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Fonte: Agência Força Aérea

“O carinho e  o amor que meu pai tem por todo equipamento que voa foi passado para mim”. É assim que o Tenente Aviador Raphael Kersul define a sua relação com o pai, o também aviador Major-Brigadeiro da reserva Jorge Kersul Filho. Ambos são integrantes da Aviação de Caça e, agora, o filho se prepara para igualar mais uma das características do seu maior exemplo. Ele vai voar a mesma aeronave que o pai: o caça F-5M da Força Aérea Brasileira.

“O que eu espero é poder cumprir as missões da aviação de uma maneira cada vez melhor.   No caso do F-5M, por exemplo, poderei usar o radar e mísseis além do alcance visual”, diz o tenente, que antes dessa nova fase passou cerca de seis anos operando o A-29 Super Tucano no Esquadrão Escorpião (1°/3° GAV), sediado em Boa Vista (RR).

Já o Major-Brigadeiro Kersul garante que é uma satisfação ver o filho seguir os seus passos. “Ele praticamente cresceu dentro do F-5”, diz. Segundo o oficial-general, a conquista do filho foi produto de muito esforço. “A aviação é uma profissão muito séria que exige extrema dedicação e muito estudo”, completa.

Na década de 80, o Major-Brigadeiro Kersul, então no posto de capitão, realizou cerca de 800 missões no F-5 ainda não modernizado. Ele completou 750 horas de voo na aeronave e participou de missões importantes, como o traslado de Las Vegas (EUA) para Canoas (RS) de seis caças comprados pelo Brasil .

Já o avião que o Tenente Kersul vai voar a partir de 2016 passou por um processo de modernização que teve início em 2006. Com duas turbinas a jato e possibilidade de ultrapassar a barreira do som, o avião é um importante vetor da defesa aérea brasileira. “Eu sei que o F-5 de hoje é completamente diferente do avião que meu pai voou. Estamos falando de uma aeronave muito mais moderna e com um sistema de armas completamente novo, mas a essência é a mesma”, completa o Tenente Kersul.

Ama  zônia na Família - Como o Tenente Kersul, a Força Aérea Brasileira conta com mais de dois mil pilotos no seu quadro de aviadores, distribuídos pelo Brasil com as mais diversas missões. Os irmãos e Tenentes, Milon e Heron Alves, são naturais do Pará e cursaram a Academia da Força Aérea (AFA), localizada em Pirassununga (SP), para se tornarem aviadores. Após o período de formação, eles voltaram para a região com o objetivo de fazer a diferença.

“Aqui nós temos a oportunidade de ver as ações mais fundamentais da Força Aérea na nossa rotina. Particularmente, o apoio prestado aos pelotões de fronteira [do Exército], e as missões de apoio à Comissão de Aeroportos da Região Amazônica (COMARA), que levam o desenvolvimento à nossa região”, destaca o Tenente Heron que integra a equipe do 1º Esquadrão de Transporte Aéreo (1° ETA). “Nós nascemos aqui no centro da Amazônia (Belém - PA), então a autorrealização de contribuir com o desenvolvimento da região é algo que não posso medir”, completa o Tenente Milon integrante do Esquadrão Falcão (1°/8° GAV).

Mais velho, o Tenente Milon foi um dos responsáveis por inspirar o irmão mais novo. “A ida do meu irmão para Academia me incentivou muito nos estudos para a AFA. Em particular, a primeira vez em que visitei a instituição foi no Espadim dele. Fiquei surpreso com o lugar e com a quantidade de aviões. Isso me inspirou muito”, afirma o Tenente Heron.

Apesar da escolha da localidade em comum, eles optaram por aviações diferentes. Um acabou trilhando o   caminho do helicóptero e o outro do transporte.

“As características específicas do tipo de aeronave foram as coisas que me chamaram atenção”, ressaltou o Tenente Milon, que opera o helicóptero H-36 Caracal. Ao contrário do irmão, o Tenente Heron diz que sempre quis integrar a aviação de transporte também por poder conhecer várias localidades do Brasil. “Quando cheguei na Aviação de Transporte, percebi que ela ia além disso. É uma aviação vibrante, que realiza variadas ações fundamentais para a missão da Força”, finalizou.