OPERACIONAL

Mais de mil militares da FAB podem atuar nos Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro

Manifestações violentas, ações de terrorismo e tráfico de drogas são algumas das preocupações das organizações militares da cidade
Publicada em: 03/11/2015 08:00
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Fonte: BINFAE-RJ, COMGAP

 

 

 


MSoldado Cidadão já formou mais de 170 mil  S2 P. Santosais de mil militares do Batalhão de Infantaria da Aeronáutica Especial do Galeão (BINFAE-GL) estão preparados para atuar em ações de segurança e defesa de regiões estratégicas do Rio de Janeiro nos Jogos Olímpicos 2016.

O levantamento faz parte do planejamento para a segurança das Olimpíadas por parte do BINFAE-GL. A unidade está localizada às margens do Aeroporto Internacional do Galeão, onde haverá grande concentração do fluxo de entrada e saída de autoridades, delegações e comitivas estrangeiras no país.

O Chefe de operações do batalhão, Capitão de Infantaria Alexandre Fontoura, conta que a operação terá três níveis de ação: normalidade, indisponibilidade parcial e indisponibilidade total dos órgãos de segurança pública. Nos dois últimos níveis, o Batalhão irá atuar na manutenção do funcionamento dos equipamentos de apoio à sociedade, como nas ações de controle das vias de acesso ao aeroporto e nos terminais, na imigração e na alfândega.

“Este é o último grande evento da série de eventos que tivemos nos últimos anos. Hoje se estamos preparados é por conta dos anteriores. A área da Base Aérea do Galeão (BAGL) é bem complexa. Como estamos em tempos de paz, temos a oportunidade de testar a eficácia de nossas operações em plano real. Nossa tropa está pronta”, afirma o capitão Alexandre.

Presença de autoridades - A presença de autoridades mundiais não é novidade para a organização que está inserida na BAGL. O local já foi ponto de entrada de personalidades internacionais como o Papa Francisco, Barack Obama, entre outros Chefes de Estado, para a Conferência Rio+20, a Copa das Confederações e a Copa do Mundo.

As principais preocupações do Batalhão de Infantaria são em relação às manifestações violentas, ações de terrorismo e tráfico de drogas. Para isso, a unidade é a única da FAB que realiza o Curso de Operações de Controle de Distúrbios, que tem a participação de militares de todo o Brasil. O curso tem como objetivo apresentar técnicas para dispersar multidões em manifestações violentas e restabelecer a ordem.

Até os Jogos Olímpicos, mais duas turmas serão formadas para compor novos membros do pelotão de choque e levar a experiências para outras unidades da Força Aérea.

Os melhores amigos do homem também entram em ação - Como em outros grandes eventos sediados no Rio de Janeiro, Pastor Belga Mallinois é maioria da raça no canil   S2 P. Santosos cães do Pelotão de Cães de Guerra também irão reforçar a segurança na cidade. São doze cães das raças pastores belgas mallinois, labradores e um pastor alemão que realizam atividades de faro de explosivos e entorpecentes e ataque.

A unidade é a única na cidade que trabalha com cães, mas nem sempre contou com uma quantidade regular de animais. Os cães que hoje atuam no pelotão foram doados e cruzados, o que resultou no atual canil. “Nessa última ninhada, tivemos muita sorte, foram duas cadelas que cruzaram e tiveram vinte e quatro filhotes. Na verdade, os adestradores cuidaram muito deles para não perderem nenhum. Ficamos com os que estamos até hoje e doamos cães para muitas unidades da FAB pelo país”, afirma a Tenente Veterinária Maria Clara Botelho, responsável pelo canil.

O adestrador de cães, Sargento Rudson Carlos, explica que o treinamento dos cães começa desde filhotes, quando são treinados de acordo com seu comportamento e o tipo de operação, entre indicação passiva e ativa.

“Na indicação passiva, quanCães realizam operações junto ao Pelotão de Choque  S2 P. Santosdo o animal encontra algo, ele senta e aguarda a ação do adestrador. Já na indicação ativa, que é o caso da cadela Pretinha (labrador), o animal pula e arranha até o sinal do adestrador. Quando se trata de explosivos, a indicação deve ser passiva. Eles têm até cinquenta vezes o nosso olfato, muitos pensam que o animal é viciado em drogas, mas na verdade, a gente associa o cheiro à brincadeira. A recompensa dele é a brincadeira, no caso a bolinha”, explica.

Em operações com o pelotão de choque, o pastor belga mallinois é o principal ator. Flexa tem quatro anos e é um dos poucos que realizam tanto atividade de faro quanto de ataque. “O pastor belga mallinois é ágil, tem uma mordida forte e a pelagem curta, o que facilita as ações”, completa Rudson.

O Soldado José Tomaz é adestrador de cães e há quatro anos está com o Flexa e ressaltou a sua satisfação em trabalhar com cães. “Eu fui aprendendo aqui como adestrar um cão e fui até por iniciativa própria para São Paulo aprender mais. Trabalhar com os cães é muito bom, até psicologicamente ajuda a gente. Eu e o Flexa somos muito amigos, sinto a falta dele quando saio de férias e tento passar aqui para brincar com ele. A gente vê o pessoal chorando quando vai embora do canil, tenho certeza que vou chorar também”, conta.

Veja no jornal NOTAER como os cães são utilizados pela FAB: