ESPAÇO AÉREO

Transposição de aerovias para sistema digital e de satélite será concluída em 2016

Com a mudança de sistemas, as aeronaves podem seguir trajetórias de voo mais curtas e diretas
Publicada em: 17/09/2015 15:30
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Fonte: DECEA/Agência Força Aérea

  Até 2016, as aerovias do espaço aéreo brasileiro passarão do sistema convencional - baseado em auxílios de navegação em solo, via ondas de rádio - para as rotas de navegação por área (RNAV), orientadas a partir de satélites e sistemas digitais de bordo. A mudança já vem sendo realizada e está em funcionamento nas aerovias de maior fluxo entre as cidades de Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo. Todas as chamadas aerovias superiores, acima de 7.468 metros (24.500 pés), geralmente usadas pela aviação comercial na etapa de voo de cruzeiro, vão operar pelo sistema.

Com o RNAV, as aeronaves não precisam fazer o movimento de zigue-zague entre auxílios baseados em solo para alcançar seus destinos. Elas são orientadas por meio de satélites e outros recursos digitais, que ajudam a manter a rota na demarcação planejada.

A tecnologia faz parte do pacote de recursos da Navegação Baseada em Performance (PBN,  do inglês Performance Based Navigation). “As aeronaves capacitadas no conceito PBN realizam voo em rotas mais diretas, com um consumo menor de combustível, redução das emissões de CO2 e redução do ruído aeronáutico. Em suma, um uso mais eficiente do espaço aéreo”, explica o Especialista em Controle de Tráfego Aéreo, Tenente Davi Monteiro de Medeiros.

O sistema PBN tem sido implementado de forma gradual e harmonizado com os outros projetos do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) por meio do Programa Sirius e de acordo a metodologia do Aviation System Block Upgrade (ASBU). Tudo é feito com foco na visão da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI). O sistema também vem sendo implantado nas áreas de terminais aéreas.

“A avaliação dos resultados evidenciam que a navegação baseada em performance aumentou a confiabilidade e a previsibilidade das aproximações para pistas, bem como a segurança operacional, a acessibilidade e eficiência dos voos. O Brasil, por meio do DECEA, está alinhado ao Conceito Global de Navegação Aérea estabelecido pela OACI”, finaliza o Tenente Davi.

  Aerovias

Uma aerovia é uma trajetória desenhada sobre coordenadas do espaço aéreo, dotada de informações específicas (identificação, posicionamento, rumo, altitude, etc), destinada ao voo controlado de uma aeronave.

Elas permitem que o piloto, através de seu equipamento de navegação, consiga navegar com segurança e precisão. As aerovias estão divididas em dois grupos: aerovias superiores - cujos voos ocorrem acima de 24.500 pés (7.468 metros) - e aerovias inferiores que ocorrem abaixo de 24.500 pés (7.468 metros).

As rotas superiores são usadas, em geral, por jatos que voam mais alto. Companhias aéreas utilizam as aerovias de alta (superiores) para suas aeronaves pressurizadas já que suas altitudes de cruzeiro superam o limite de 24.500 pés. Já as aerovias de baixa (inferiores) são usadas por aviões de menor porte, turboélices e, em alguns casos, helicópteros.

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