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Tecnologia aliada à saúde financeira
Pesquisas revelam que as pessoas superestimam os salários em 7%. Isso mesmo! Elas acreditam que recebem mais do que realmente é depositado na conta ao final do mês. Consequentemente, elas gastam mais do que poderiam. Essa falta de conhecimento da realidade financeira é um dos fatores que levam ao endividamento.
Gasta-se muito tempo para lançar as contas em planilhas. Mas com a tecnologia disponível, isso não é mais desculpa. Além de softwares e planilhas simplificadas, existem aplicativos que ajudam a lançar receitas e despesas, trazem lembrete de vencimento das contas, informam parcelamento de dívidas, geram gráficos e até propõem planejamento das finanças pessoais.
A calculadora do cidadão, disponível no site do Banco Central do Brasil, ajuda a fazer cálculos financeiros simples e cotidianos. Há também o curso online gratuito de gestão de finanças pessoais, disponível no site cidadaniafinanceira.bcb.gov.br, com o objetivo de ajudar o cidadão a conhecer bem a realidade do próprio bolso, usar o dinheiro de forma consciente e otimizar gastos.
Como empregar a renda
O GuiaBolso, site de controle de finanças pessoais, sugere uma divisão da renda mensal em três partes. É a regra do 50/ 15/ 35. Os gastos essenciais (moradia, alimentação, transporte, educação, saúde) devem corresponder a 50% do salário. A meta para investimento ideal é 15%, valor que deve ser poupado para formar uma reserva de três a seis salários, com o objetivo de cobrir despesas com situações imprevistas. Já os 35% restantes devem ser destinados a atender ao estilo de vida (lazer, cuidados com o corpo, aprimoramento profissional e beleza).
Por que ficamos endividados?
Por uma série de fatores. O principal é o desconhecimento sobre as próprias finanças. Ignorar a realidade do próprio bolso facilita assumir compromissos que não serão honrados. Além disso, atualmente há variedade de linhas de crédito, sofisticação dos serviços bancários e a digitalização dos pagamentos (cartão de crédito, transferências online, etc).
“A economia comportamental mostra que não fomos preparados psicologicamente para o dinheiro virtual, nem para contas de valores pequenos. Por isso passamos o cartão de crédito várias vezes e estimamos o gasto. Quando vem a fatura, o valor é sempre maior”, declara Thiago Alvarez, sócio e fundador.
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