OPERACIONAL

Forças Aéreas do Brasil e do Peru treinam defesa aérea na Amazônia

Em sua 5ª edição, exercício operacional PERBRA tem como objetivo coibir voos ilícitos na região de fronteira
Publicada em: 25/08/2015 15:35
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Fonte: Agência Força Aérea

Apresentações de militares da FAB e da FAP  Ten Humberto/Agência Força AéreaAs cidades de Cruzeiro do Sul, no Estado do Acre, e Pucallpa, no Peru, sediam nesta semana a quinta edição do exercício binacional PERBRA, envolvendo as forças aéreas do Brasil e do Peru. De hoje (25/8) até a próxima quinta-feira (27/8), pilotos e controladores de tráfego aéreo vão treinar juntos procedimentos de interceptação de aeronaves em voos ilícitos simulados entre os dois países.

O exercício consiste em um avião C-98 Caravan, da Força Aérea Brasileira (FAB), sair de Cruzeiro do Sul em direção ao Peru e ser interceptado por caças A-37 Dragonfly da Força Aérea do Peru (FAP). No retorno, ocorre mais uma interceptação, dessa vez por caças A-29 Super Tucano da FAB. O mesmo procedimento, em sentido inverso, é realizado com um avião TC-690 da FAP. Caça peruano A-37 Dragonfly   Cb Junior/Agência Força Aérea

De acordo com o diretor do exercício no Brasil, Tenente-Coronel Marcelo Alvim, o objetivo principal é treinar a transferência dos chamados "tráfegos de interesse" entre os dois países. "São dois países que têm uma fronteira bastante sensível, onde ocorrem muitos ilícitos transfronteiriços, e têm grande interesse em mitigar esse volume de ilícitos", afirma. “Se um avião ultrapassa a fronteira sem um plano de voo, já é um voo ilícito”, completa.

Brasil e Peru têm acordos de defesa para que se uma aeronave em voo ilícito estiver aqui em rota para o país vizinho, o Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA) alerta as autoridades peruanas. O procedimento inverso também ocorre.

Aviões A-29 Super Tucano são do Esquadrão Grifo  Sgt Johnson/Agência Força Aérea“A Defesa Aérea Brasileira precisa estreitar as relações com os países vizinhos, a fim de aprimorar o controle do espaço aéreo e facilitar a transferência de informações nas regiões de fronteira. Assim, quando algum tráfego cruza a fronteira, devemos informar e ser informados prontamente, visando tomar atitudes no sentido de mitigar o uso do espaço aéreo para ações ilícitas, mantendo assim a soberania nacional ", explica o diretor do exercício.

Além dos treinamentos dos pilotos, controladores de tráfego aéreo trabalham juntos em Manaus (AM) e em Pucallpa, onde estão os centros de defesa aérea das duas forças aéreas responsáveis pela região Amazônica. Também participam do exercício aviões de apoio e helicópteros para o alerta de busca e salvamento.