DIA DOS PAIS

De inspiração a parceiros de trabalho, conheça histórias de pais militares

Esquadrilha da Fumaça, aviação de caça, defesa antiaérea e controle de tráfego aéreo. Conheça histórias de pais e filhos nos mais diversos setores da FAB
Publicada em: 09/08/2015 07:00
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Fonte: Agência Força Aérea

    Bianca e Beatriz têm nove anos e como todas as crianças dessa idade elas adoram ver uma apresentação da Esquadrilha da Fumaça. A diferença é que o líder do grupo, que comanda a aeronave 01, é o pai delas, o Tenente-Coronel Marcelo Gobett Cardoso, militar da Força Aérea Brasileira (FAB).

Não faltam motivos para orgulhar as meninas. "Quando a Esquadrilha da Fumaça passa aqui cima da minha casa, fico na varanda com todo o orgulho para dar um tchauzinho para ele", conta Beatriz, que mora em Pirassununga (SP), cidade onde a Esquadrilha realiza seus treinamentos. "Eu e meu pai somos muito grudados. Tenho um carinho enorme por ele. Quando eu crescer, também quero trabalhar na Esquadrilha da Fumaça, igual a ele. Admiro muito o trabalho do meu pai", completa Bianca.

Pilotos de caça

O sonho de seguir os passos do pai se tornou realidade para o Tenente Wagner Miggiorin. "Eu entrei na FAB com o intuito de ser piloto de caça". Quando ele nasceu, em 1983, seu pai era do Primeiro Grupo de Aviação de Caça, na cidade do Rio de Janeiro. "Eu cresci vendo os aviões. Eu via os F-5 passando por ali e vibrava", conta. Em 2007, ele se formou na Academia da Força Aérea (AFA) e hoje pilota caças F-5, só que na versão atualizada, com novos sistemas de bordo. "Com o F-5 modernizado eu que dou aula para ele agora!", brinca.

O pai, o Coronel da reserva Wagner Miggiorin, atualmente pilota jatos civis, mas os encontros da família são sempre repletos de histórias da aviação de caça. "Ele me conta todas as história do passado, até questões técnicas do avião. Muitas das coisas que dão certo hoje foram resultado do trabalho deles", diz o Tenente Miggiorin, do Esquadrão Pampa (1°/14° GAV), de Canoas (RS).

  Trabalhando com o pai

E se fosse possível não apenas seguir os passos do pai, mas também trabalhar com ele? É essa a história do Soldado Leonardo dos Santos. No ano passado, quando ingressou na Força Aérea, ele não imaginava que iria trabalhar, literalmente, ao lado do seu pai, o Sargento Valdir dos Santos. Os dois foram selecionados para compor o futuro Terceiro Grupo de Defesa Antiaérea, localizado em Anápolis, no interior de Goiás.

O pai, sargento, atua como comandante de uma unidade de tiro de mísseis IGLA-S, usados para abater aeronaves em voo. E o filho, soldado, é o seu remuniciador. "Pra mim foi bom porque a gente conversa em casa e fico preparado", diz o Soldado Santos. Mas ele garante que não é moleza. "Meu pai é rígido pra caramba. Até em casa ele é rígido, aqui é que não ia deixar de ser!". As regras do quartel, como o cabelo bem cortado e a boa apresentação pessoal, são exigidos até em casa. Mas a pressão tem servido só para alimentar a vontade de permanecer na Força. "Eu quero continuar. Estou estudando para ser sargento", diz o soldado.

  A mesma história se passa no Destacamento de Controle do Espaço Aéreo do Galeão (DTCEA-GL). O Sargento Vinícius Guimarães é filho do Capitão Walter Guimarães. Os dois trabalham no controle de tráfego de aeronaves sobre o Rio de Janeiro. "Juntos nós passamos por vários eventos: Rio+20, Copa das Confederações e Copa do Mundo. Inclusive na final da Copa nós estávamos trabalhando juntos", conta o sargento. A dedicação dos dois ao serviço acaba dominando a relação entre pai e filho. "Em casa e no trabalho, a conversa vai fluir sobre tráfego aéreo".

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