ANIVERSÁRIO

Unidade de helicópteros blindados AH-2 Sabre completa 42 anos

Esquadrão Poti retomou exercícios de navegação entre obstáculos e combate aéreo
Publicada em: 04/08/2015 11:47
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Fonte: BAPV

  S2 MIQUÉIAS/BAPVEmpregado em ações de defesa aérea, ataque e escolta, o Esquadrão Poti (2°/8°GAV), sediado na Base Aérea de Porto Velho, em Rondônia, celebrou o 42º aniversário com uma solenidade militar realizada na sexta-feira (31/07). Também foram promovidas atividades como torneio esportivo, corrida rústica, ato inter-religioso e homenagens.

A cerimônia contou com a presença do Brigadeiro do Ar Roberto Ferreira Pitrez, Comandante da Segunda Força Aérea (II FAE),  organização responsável por todas as unidades aéreas de helicóptero; e do Comandante da 17ª Brigada de Infantaria de Selva - Brigada Príncipe da Beira - General de Brigada Ricardo Augusto Ferreira Costa Neves.

Em seu discurso, o Comandante do Poti, Tenente-Coronel Rodrigo Gibin Duarte, relembrou momentos marcantes da história da unidade, como a participação na Copa do Mundo de 2014. “Contribuímos com a defesa aérea dos estádios de Manaus e Brasília com 100% das missões cumpridas”, afirmou. O militar também destacou a formação de pilotos em voos noturnos utilizando óculos de visão noturna.

  Combate aéreo –  Os helicópteros AH-2 Sabre, do Esquadrão Poti (2°/8° GAV), de Porto Velho (RO), blindados e armados com um canhão de 23 mm capaz de disparar até 3 mil tiros por minuto, voltaram a realizar o treinamento de combate aéreo em junho. Entre 1996 e 2010, quando era equipado com helicópteros H-50 Esquilo e sediado em Recife, a unidade chegou a executar este tipo de exercício até contra jatos AT-26 Xavante.

Agora, o AH-2 tem como vantagens os sistemas eletro-óticos de busca de alvos, além do fato de o canhão ter torreta móvel. “Em quase todas as aeronaves o sistema de armas é alinhado com o eixo da aeronave, enquanto que com o Sabre é possível alinhar o canhão com o alvo, sem a necessidade de manobrar a aeronave”, diz o Major Rômulo Amaral, oficial de operações.

O objetivo desse treinamento de combate aéreo é atuar em cenários de baixa altura, como na proteção de uma força tarefa em missão de resgate em combate (CSAR). Se a blindagem e o armamento, composto por canhão, mísseis e foguetes já capacitava os 12 AH-2 da FAB a defender outras aeronaves de ameaças vindas de solo, agora, a proteção também vai incluir eventuais interceptadores. “A aeronave permite esse tipo de voo e possui um armamento capaz”, explica o major.

A fase inicial dos treinamentos envolve combates 1x1, um AH-2 contra outro. Depois, é a hora dos combates 2x1 e, na fase avançada, combates contra outros tipos de aeronaves, como os caças A-29 Super Tucano. As tripulações treinam as manobras clássicas de combate aéreo com o objetivo de sair da linha de tiro de outra aeronave e colocar o alvo ao alcance do armamento do AH-2.

Características - As manobras específicas do combate aéreo com helicópteros são inspiradas nos manuais da Aviação de Caça, porém, com características específicas para os helicópteros. A principal diferença é a velocidade: helicópteros não passam dos 300 km/h, ao contrário dos caças, que podem alcançar os 2 mil km/h. Por outro lado, um helicóptero é capaz de reduzir, rapidamente, a velocidade e o raio de curva e manobrar próximo ao solo.

  Navegação entre obstáculos - Em julho, o Poti retomou a navegação NOE (Nap of the Earth). A técnica consiste em voar na mais baixa altura possível, contornando obstáculos do terreno, como árvores, morros e torres. O objetivo é garantir o princípio da surpresa e diminuir a possibilidade de detecção por radares inimigos, ou mesmo de localização visual. Essa furtividade aumenta a possibilidade de sucesso em uma missão sobre território hostil.

 

Veja vídeo sobre busca e salvamento em combate (CSAR):

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