OPERACIONAL

Esquadrão Falcão realiza simulação de resgate

O exercício também foi realizado à noite com óculos especiais
Publicada em: 19/05/2015 16:25
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Fonte: Agência Força Aérea

  Sargento Johnson/ Agência Força AéreaO Esquadrão Falcão, sediado na Base Aérea de Belém (BABE), realizou no domingo (17/05) um exercício de Busca e Salvamento em Combate (CSAR, do inglês Combat Search and Rescue). Trata-se de uma simulação de resgate de militares em território hostil. O treinamento faz parte da Operação Helicóptero TL que acontece até quarta-feira (20/05). Essa é a 17ª vez que o esquadrão se desloca para o Campo de Provas Brigadeiro Velloso (CPBV), na Serra do Cachimbo (PA), com esse objetivo.

Tudo começa na sala de planejamento. Rotas, meteorologia, posição do inimigo, preparo dos tripulantes e possíveis manobras, tudo é estudado e analisado pela equipe para que a operação ocorra com sucesso. Após o briefing inicial, as tripulações embarcaram em dois helicópteros H-36 Caracal pousados no pátio de manobras e decolaram para resgatar o combatente (evasor) em uma posição conhecida dentro do território inimigo. 

Os helicópteros sobrevoaram o trajeto até chegar ao local definido. Com cautela, o piloto faz a observação prévia da área para garantir a segurança e inicia a descida. Então, a equipe é autorizada a descer e verificar a identidade do evasor. Ao iniciar a subida para deixar o local do resgate, um dos helicópteros realizou tiros reais com suas metralhadoras laterais, simulando autodefesa contra inimigos no solo.

Enquanto isso, outras aeronaves podem ser empregadas para garantir a superioridade aérea no local do resgate. Esta ação pode incluir aeronaves de caça, de reconhecimento, de controle aéreo, de reabastecimento em voo, entre outras.   Sargento Johnson/ Agência Força Aérea

Para que o exercício fosse repetido à noite foi utilizado um acessório que faz toda a diferença: os óculos de visão noturna (NVG, do ingês Night Vision Goggles). Pilotos, mecânicos, artilheiros e homens de resgate fizeram o uso do equipamento que proporcionou surpresa e segurança à operação. O dominio do ambiente noturno para a realização do CSAR é algo indispensável nos cenários de guerra moderna.

O Tenente Rafael Teixeira Silva Bezerra, piloto de um dos helicópteros que realizou o resgate, conta que o exercício é fundamental para aquisição de experiência operacional. “Eu me sinto realizado ao pousar e ver que tudo ocorreu bem. Resgatar um militar com vida em terreno inimigo requer muito treinamento e estudo”, diz.

Durante essa operação também estão sendo realizados os seguintes treinamentos: NOE (do inglês, Nap of the Earth), tática usada onde a aeronave navega a baixa altura e com velocidade reduzida entre os obstáculos; voo em formatura; além de infiltração e exfiltração de militares. Todas essas missões ocorrem tanto no período diurno como no período noturno e  servem de ferramentas para o cumprimento do CSAR.