PATRULHA

Conheça a aviação que trabalha sobre o litoral brasileiro

Há 73 anos, a patrulha protege as riquezas marítimas do Brasil e também salva vidas
Publicada em: 18/05/2015 11:10
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Fonte: Agência Força Aérea

  Uma aviação multitarefas capaz de vigiar o litoral brasileiro, proteger as riquezas marítimas do Brasil e cumprir uma das mais nobres missões: salvar vidas. Essa é a Aviação de Patrulha da Força Aérea Brasileira (FAB), responsável por monitorar uma área equivalente a aproximadamente 4,5 milhões de quilômetros quadrados sobre o mar territorial do País. Dotada de aeronaves com modernos sensores e radares, a patrulha atua 24 horas por dia em prol da população brasileira. Durante essa semana, a FAB apresenta um especial sobre essa aviação, que celebra 73 anos do seu batismo de fogo no dia 22 de maio.

Três esquadrões da FAB, estrategicamente posicionados em Belém (PA), Salvador (BA) e Florianópolis (SC), realizam esse trabalho sobre o Oceano Atlântico. Os patrulheiros, como são conhecidos os militares dessa aviação, têm papel importante para o País. “Hoje, nós somos responsáveis por manter a segurança do mar territorial, incluindo as nossas jazidas de petróleo do pré-sal. Realizamos o trabalho necessário para que essa atividade econômica seja garantida para o povo brasileiro”, explica o Comandante da Segunda Força Aérea (II FAE), Brigadeiro do Ar Roberto Ferreira Pitrez. A unidade é responsável pelo preparo e emprego operacional da Aviação de Patrulha.

Os patrulheiros também atuam contra crimes ambientais e atividades ilícitas nas águas jurisdicionais brasileiras. Em conjunto com a Marinha, os militares da Força Aérea vigiam todo o litoral. “Percorrendo grandes distâncias com velocidade, a FAB consegue cobrir uma área maior e de forma mais rápida. As informações obtidas pelas aeronaves são repassadas aos navios da Marinha que podem, então, concentrar seus esforços nos locais indicados”, conta o Brigadeiro Pitrez.  Cb Silva Lopes/CECOMSAER

Aeronaves

Preparadas para guerra, as aeronaves de patrulha são capazes de detectar, identificar e neutralizar ou destruir ameaças marítimas como navios inimigos e até submarinos. Dois tipos de aviões fazem o patrulhamento do mar brasileiro: o P-95 Bandeirulha, operado pelos Esquadrões Netuno (3°/7°GAV) e Phoenix (2°/7°GAV), e o P-3 Orion, do Esquadrão Orungan (1°/7°GAV).

O nariz mais alongado, onde está localizado o radar, é uma das principais características do Bandeirulha. Além de patrulha marítima e busca e salvamento, a aeronave realiza reconhecimento aéreo, inteligência operacional, posto de comunicações no ar e o controle aéreo avançado. Atualmente, o P-95 passa por um processo de modernização que permitirá maior alcance de comunicação e aumentará a capacidade de encontrar e identificar objetos sobre a superfície.

Já o P-3 tem a frota totalmente modernizada e possui uma das mais avançadas tecnologias embarcadas. Esse é o único avião da FAB capaz de realizar missão antissubmarino. Os equipamentos e armamentos podem detectar, localizar, monitorar e destruir os alvos submersos. Com uma autonomia de 16 horas de voo, é possível ir à África e retornar ao Brasil em uma única decolagem.  Sgt Johnson/CEOMSAER

Busca e Salvamento

A Aviação de Patrulha também faz parte de uma rede de busca e salvamento conhecida como SAR, do inglês Search and Rescue. Os esquadrões realizam esse tipo de missão na busca de náufragos, embarcações e aeronaves perdidas ou acidentadas em alto-mar. As tecnologias de radares e sensores a bordo dos aviões auxiliam na busca e localização. Além disso, militares especializados, chamados de observadores SAR, fazem uma busca visual para encontrar a pessoa ou o objeto que está a deriva.

O Sargento Wesley Lemos do Nascimento, do Esquadrão Orungan, atua nesta função e revela o sentimento por trabalhar na atividade de busca e salvamento. “Fazer parte desse tipo de missão, podendo ajudar uma pessoa que está necessitada, é uma satisfação difícil de descrever, é algo imensurável”, finaliza.