DEFESA

LAAD 2015 debate temas estratégicos para a defesa nacional

``A Base Industrial de Defesa depende da Estratégia Nacional de Defesa``, ressalta Brigadeiro da FAB
Publicada em: 16/04/2015 09:50
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Fonte: Agência Força Aérea

A LAAD 2015, maior feira  de Defesa e Segurança da América Latina, entra nesta quinta-feira (17/04) no seu terceiro dia com o debate de temas estratégicos para a defesa nacional. Um desses assuntos será apresentado pelo Major-Brigadeiro do Ar Antônio Carlos Egito do Amaral com a palestra “FAB: Garantindo a soberania do espaço aéreo do País e fomentando o desenvolvimento tecnológico”.

A apresentação faz parte da programação do IV Seminário de Defesa da LAAD que segue com a palestra “Gripen NG: Tecnologia em defesa do espaço aéreo brasileiro”, às 14h30, do Brigadeiro do Ar José Augusto Crepaldi Affonso. Logo em seguida, às 15 horas, o Tenente-Coronel Luciano Barbosa Magalhães falará sobre a evolução da guerra eletrônica na FAB.

Já às 15h35, o Tenente-Brigadeiro do Ar Gerson Nogueira Machado de Oliveira irá expor sobre a interoperabilidade entre as Forças Armadas e, às 16h45, o professor Geraldo Adabo, do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), abordará o uso de veículos aéreos não tripulados para o monitoramento de infraestruturas críticas.

Mercado de produtos de defesa

Na quarta-feira (15/04), o Brigadeiro do Ar Jair Gomes da Costa Santos, da Subchefia de Política e Estratégia do Ministério da Defesa, afirmou que o desenvolvimento de produtos de defesa deve buscar aplicabilidade no meio militar e no meio civil. A declaração foi feita durante uma palestra sobre a Estratégia Nacional de Defesa realizada no IV Seminário da Defesa da LAAD 2015. Ele ressaltou, ainda, que os projetos de reequipamento das Forças Armadas podem colaborar com outros setores.  

O Brigadeiro Santos citou como exemplo da dualidade do desenvolvimento tecnológico para meios civis e militares o caso do projeto da aeronave KC-390, que conta com participação de mais de 50 empresas brasileiras. Além de o avião poder ser usado por empresas de carga, por exemplo, o desenvolvimento de tecnologias, como dos sistemas de bordo, também tem possibilidades de uso fora das Forças Armadas.

Em sua palestra para civis e militares do Brasil e do exterior, ele demonstrou que a Base Industrial de Defesa depende da Estratégia Nacional de Defesa. Entre os princípios desse documento, estão a prioridade ao desenvolvimento de capacitações tecnológicas independentes, a subordinação de considerações comerciais aos imperativos estratégicos, o foco no desenvolvimento de capacitação operacional, além de evitar uma polarização entre pesquisas avançadas e produções rotineiras.

"A Estratégia Nacional de Defesa não é um documento relativo somente ao Ministério da Defesa e aos Comandos Militares, envolve diversos outros ministérios e órgãos. É do Estado, do País", finalizou.