DESATIVAÇÃO DO MIRAGE

Para piloto do último voo, é um misto de tristeza e alegria

Publicada em: 31/12/2013 15:23
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Fonte: Agência Força Aérea

Às 11h53 desta terça-feira (31)Último voo do Mirage 2000  Cb. V. Santos/Agência Força Aérea, a aeronave F-2000 Mirage 4948 da Força Aérea Brasileira, última em operação, pousou de seu voo derradeiro no Museu Aeroespacial (Musal) no Rio de Janeiro, onde permacerá em exposição.
 
Em operação desde 2006, os caças Mirage 2000 foram desativados hoje, após voarem mais de dez mil horas na defesa aérea do país, a partir da Base Aérea de Anápolis (GO).

"Nossos Mirage cumpriram sua missão e agora dão espaço a equipamentos mais modernos, um ciclo se completa. É uma honra fazer o último voo, é um misto de tristeza e alegria", comenta o Capitão Aviador Augusto Ramalho, do 1° Grupo de Defesa Aérea, piloto da última missão do Mirage. Isso porque o projeto do Mirage foi um salto de tecnologia para a aviação militar e a Força Aérea tem boas expectativas para o futuro.

Os Mirage F-2000, adquiridos usados da França como solução temporária para a defesa aérea, voariam até 2011. Um esforço logístico do Comando da Aeronáutica manteve seis aeronaves em operação até hoje. Os substitutos do Mirage serão as aeronaves de quarta geração Gripen NG, da empresa sueca SAAB. As 36 aeronaves serão adquiridas com transferência de tecnologia para o Brasil a um custo estimado de 4,5 bilhões de dólares e perspectiva de geração de empregos e capacitação da Base Industrial de Defesa.

Com a desativação dos Mirage, o alerta de defesa aérea na região central do país fica a cargo de caças F-5EM deslocados dos Esquadrões em Canoas (RS), Manaus (AM) e do Rio de Janeiro (RJ) para Anápolis. A modernização recente dos F-5EM na Embraer trouxe à aeronave novos sistemas eletrônicos, radar multimodo e capacidade de utilizar armamentos mais modernos.