METEOROLOGIA

Divisão do Instituto de Aeronáutica e Espaço dedica-se à meteorologia aeroespacial

Publicada em: 22/03/2013 09:59
Imprimir
Fonte: DCTA

Uma atividade única no país e fundamental para o lançamento de foguetes. Assim é o trabalho desenvolvido por 40 servidores do  Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) especializados em meteorologia aeroespacial. No sábado (23/3), a unidade localizada em São José dos Campos (SP), subordinada ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), celebrou o Dia Mundial da Ciência Meteorológica. A data, comemorada desde 1960 pelas instituições reconhecidas pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), divulga e valoriza o trabalho dos serviços meteorológicos.

Dentro do DCTA, seis meteorologistas – 3 militares e 3 civis – trabalham na Divisão de Ciências Atmosféricas (ACA), unidade do IAE responsável pelo apoio meteorológico para as atividades de lançamento de foguete, tal como a previsão do tempo durante as operações no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) e Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI).

A área de meteorologia tem um papel estratégico nas ações de um instituto que tem como umas das principais finalidades o lançamento de foguetes para o espaço. “Compete à nossa divisão realizar pesquisas, desenvolvimento e inovação tecnológica na área de meteorologia aeroespacial que garantam o sucesso das missões do IAE”, explica Gilberto Fisch, chefe da divisão.

A atividade da ACA em um lançamento é fundamental. Na missão, um previsor meteorologista acompanha as condições do tempo e fornece informações para subsidiar o envio do artefato para o espaço. A depender do parecer, um lançamento pode ser adiado até que as condições meteorológicas tornem-se favoráveis. “Em uma missão como essa, são avaliadas variáveis como o vento e a chuva”, explica o Major Fontinele, meteorologista e chefe adjunto da ACA.

Para realizar com as atividades de meteorologia aeroespacial com precisão, são necessários investimentos em tecnologia de ponta e em recursos humanos. Na ACA os meteorologistas tem à disposição dois computadores de alto desempenho – que custam em média R$ 50 mil cada um – preparados para fazer milhares de cálculos ao mesmo tempo e armazenar as informações. “As previsões meteorológicas são baseadas em modelos matemáticos que descrevem o movimento das massas de ar; nossos computadores devem ser capazes de realizar esses cálculos volumosos”, conta Fisch.

Os investimentos constantes em recursos humanos são um reflexo da complexidade da atividade desenvolvida pela divisão. Dos 42 servidores envolvidos no trabalho de meteorologia espacial, quatro possuem a titulação de doutorado e três, de mestrado. A ACA ainda mantém cerca de 10 bolsistas – nas modalidades de iniciação científica, mestrado e doutorado – que trabalham em parceria com os pesquisadores nos projetos de meteorologia.

Meteorologistas na FAB

Dentro da FAB, o caminho para a formação em meteorologia é a Escola de Especialistas da Aeronáutica (EEAR), maior complexo de ensino técnico da América Latina. Durante o curso, o aluno estuda física da atmosfera, informática básica, meteorologia geral, serviço de controle do espaço aéreo, entre outras matérias. Ao final do curso, o militar é promovido ao posto de 3º sargento. Após chegar a suboficial ou a sargento, pode concorrer ao oficialato pelo Estágio de Adaptação ao Oficialato (EAOF) ou Curso de Formação de Oficiais Especialistas (CFOE), ambos ofertados no Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR).