TRANSPORTEX

Aeronave KC-130 Hércules participa de missões de reabastecimento de caças

Publicada em: 21/03/2012 15:18
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Fonte: Agência Força Aérea

Os aviões C-130 Hércules chamam atenção pela versatilidade. As aeronaves atuam em missões de lançamento de paraquedistas, de busca e salvamento e de transporte aéreo. No exercício operacional TRANSPORTEX 2012, os KC-130 – a versão para reabastecimento em voo da aeronave – realizam o reabastecimento de dois caças F-5EM em exercícios operacionais que avaliam as tripulações do Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Transporte (1o/1o GT), o Esquadrão Gordo, na área da Base Aérea de Belém (BABE), em Belém (PA).

A primeira decolagem do KC-130 ocorreu na manhã da terça-feira (20/03), na instrução de avaliação dos tripulantes do Esquadrão Gordo. Os pilotos e mecânicos participam da avaliação de reabastecimento em voo no segundo ano na unidade aérea.

Segundo o Tenente-Coronel-Aviador Carlos Alberto Tavares Pereira, o KC-130 faz diferença nos ataques dos caças ao território inimigo. “A Aviação de Caça tem uma autonomia reduzida e em uma zona de guerra eles precisam do reabastecimento para ter um maior alcance e penetração dentro do território inimigo”, explica.

Não é para menos que as aeronaves são imprescindíveis em uma situação de conflito. Os KC-130 têm 14 horas de autonomia, e o combustível ocupa as asas, os tanques de combustível externos e dois internos, com capacidade para 3600 galões ou 6520 litros. O KC-130 pode cruzar o Oceano Atlântico e percorrer os cerca de 5931 quilômetros entre Recife (PE) e Lisboa, em Portugal, sem precisar parar durante a viagem.

Durante o trajeto, o piloto fica atento ao cartão que mostra os pontos de proa e altura a serem atingidos pelos caças que serão reabastecidos. O navegador informa a posição correta na carta de navegação. A parte técnica fica a cargo do engenheiro de voo, que libera o sistema de REVO e controla a saída de combustível.

Chega a vez agora do observador, o sargento responsável por avisar a aproximação dos F-5EM e a posição da mangueira e da drogue, apelidada pelos militares de “cesta”. A atenção é total, porque qualquer vacilo pode causar um acidente. No voo especial do KC-130 da TRANSPORTEX 2012, o observador também era aluno e tinha dois instrutores. Um deles era o Suboficial Marcelo Silva de Oliveira.

“O observador mostra a posição correta dos caças para o piloto. A função dele é muito importante na aproximação das aeronaves”, conta o Suboficial Marcelo.

O Capitão Reinaldo Alves responde ao observador e o caça se aproxima da “cesta”. Um reabastecimento em voo pode durar até seis minutos. Os F-5EM se afastam e mais uma missão foi cumprida. Depois do circuito, o Capitão Alves está formado piloto de reabastecimento em voo da Aviação de Transporte da Força Aérea Brasileira (FAB) e aterrissa na pista da Base Aérea de Belém.