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Militar da FAB ministra instrução operacional sobre o A-29 Super Tucano

Publicado: 2015-07-07 08:03:09
Serão mais de cinco meses de intercâmbio operacional na Força Aérea do Equador

  Destino: cidade de Manta, litoral do Equador. Neste local, um piloto da Força Aérea Brasileira (FAB) ficará pelos próximos cinco meses e meio. O Tenente Raphael Kersul vai ministrar instruções operacionais da aeronave A-29 Super Tucano aos militares da Força Aérea Equatoriana.

“A doutrina da nossa aviação é muito forte. O preparo dos pilotos, o estudo e a dedicação, também. Espero poder passar um pouco dessa determinação e vontade que nós temos aqui, na região Norte, onde tudo é mais longe e mais difícil”, explica o militar que iniciou a missão na metade de junho.

O objetivo é ajudar na formação de pilotos de caça e de líderes de esquadrilha da aviação de caça do país sul-americano. No Brasil, essas ações são realizadas pelos Esquadrões Joker, Grifo, Flecha e Escorpião. De acordo com o Tenente Kersul, a expectativa é ampliar o conhecimento e ajudar a Força Aérea Equatoriana a crescer. “Essa é uma oportunidade única. Espero voar o máximo possível para, além de ensinar, absorver o conhecimentos do país”, afirmou.

Antes da missão, a preparação foi intensa. O Tenente Kersul deixou tudo organizado, fez curso de espanhol, preparou o passaporte e a mente para o desafio de conviver com uma nova cultura. “Acredito que a adaptação ao novo país será o maior desafio”, ressaltou.

Intercâmbios operacionais -  O Equador é uma das dez nações que adquiriram o A-29 Super Tucano, aeronave fabricada no Brasil pela Embraer. Após a venda, o país compra
  dor requer instrutor e mecânicos para ajudar na formação operacional das tripulações que vão operar o avião.

Nesta fase, entra em ação a Seção de Acordos e Intercâmbios do Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER). A unidade é responsável por coordenar o intercâmbio dos militares da FAB com os militares das forças aéreas de outros países. Segundo o Coronel Marco Aurélio Clarim Pereira, as missões possuem naturezas diversas, de cursos a treinamentos operacionais e interc
âmbios esportivos.“Em alguns países, vamos em busca de conhecimento e, em outros, compartilhamos nosso conhecimento”, afirmou.

Nos últimos cinco anos, foram realizadas mais de três mil missões de intercâmbio. Dessas, 773 apenas em 2014. Como os acordos são bilaterais, geralmente os estrangeiros também vêm aprender ou dar instruções nas unidades da FAB. Em 2014, por exemplo, foram 351 missões de estrangeiros no Brasil.


 Segundo o EMAER, além das relações com os países da América do Sul, o Brasil tem parcerias com África do Sul, França, Polônia, Suécia e diversos outros. “É o lado diplomático da FAB. Quando você faz um intercâmbio como esse, você estreita os laços de amizade”, ressaltou o Tenente-Coronel Josenval Alves Franco, também da Seção de Intercâmbios do EMAER.

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