AVIAÇÃO DE RECONHECIMENTO
Aeronaves atuam na proteção da Amazônia
Os jatos R-35A Learjet da Força Aérea Brasileira (FAB) cumprem missões de reconhecimento de alvos militares, e também ajudam a proteger o meio ambiente. Equipadas com uma câmara de alta resolução espacial capaz de delinear do alto objetos de até 5 centímetros, as aeronaves enviam dados para uma estação de processamento terrestre que compõe o sistema ADS 80. O sistema é parte integrante da parceria entre a Força Aérea Brasileira e o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam).
A frota atua no mapeamento e monitoramento de áreas suscetíveis a deslizamento de terra, enxurrada e inundações em 23 municípios da Amazônia Legal. O objetivo é produzir cartas topográficas que identifiquem áreas próprias para a ocupação humana, diminuindo o surgimento de novas áreas de riscos e contribuindo para o planejamento urbano e gestão dos recursos hídricos.
As cartas de suscetibilidades são elaboradas a partir do uso dos modelos digitais de elevação (MDE), que permitem a visualização em 3D do relevo do município, e modelos digitais do terreno (MDT). “Os modelos fornecem informações sobre os processos geodinâmicos que podem atingir parte da malha urbana nos municípios, caracterizando situações de risco”, argumenta o diretor-geral do Censipam, Rogério Guedes.
A elaboração das Cartas de Suscetibilidade ocorre em âmbito nacional devido à edição da Lei Federal que institui a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil (PNPDC). A PNPDC alterou o Estatuto das Cidades e tornou obrigatório elaborar carta geotécnica (mapeamento) como ferramenta de planejamento urbano, de infraestrutura, de gestão de recursos hídricos e de uso e ocupação do solo. Ao todo, 286 municípios de todas as regiões brasileiras serão mapeados.
Veja o vídeo sobre o trabalho desenvolvido pela Aviação de Reconhecimento: