TRÁFEGO AÉREO

DECEA atua na Operação Fiscalização Aviação Geral em São Paulo

Publicado: 2013-05-16 08:39:10

 

Durante a semana de 7 a 10 de maio, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), a Polícia Federal (PF) e a Receita Federal (RF), atuaram na Terceira Operação Fiscalização Aviação Geral em seis aeródromos de São Paulo: Congonhas, Campo de Marte, Jundiaí, Sorocaba, Amaris e Bragança Paulista.

Coordenada pela Secretaria de Aviação Civil (SAC), a Operação envolveu cerca de 180 pessoas, sendo 62 do DECEA. A fiscalização aconteceu simultaneamente, das 7h às 19h, nos seis aeródromos.

Esta foi a maior Operação já realizada, segundo a ANAC, em termos de abordagens, aeródromos e movimentos aéreos. No total, 3.433 planos de voo foram fiscalizados e, destes, 26 apresentaram algum tipo de irregularidade que poderão, após a devida análise, gerar autos de infração.

Integração total
O DECEA exerceu o papel de monitoramento do cumprimento das regras de tráfego aéreo e dos perfis dos voos, fornecendo os dados para que a ANAC fiscalizasse as aeronaves em solo. A PF fez a segurança da operação e também atuaria em casos de identificação de ilícitos. A RF fez a verificação dos processos de importação de aeronaves estrangeiras, mercadorias e peças de reposição, também de procedência estrangeira.

Um Centro de Coordenação Operacional (CCO) do DECEA foi montado na sede regional da ANAC em São Paulo, sendo a coordenação das atividades realizada pelo Major Aviador Chrystian Alex Scherk Ciccacio, da Subdivisão de Planejamento e Gestão Operacional do Serviço Regional de Proteção ao Voo de São Paulo (SRPV-SP).

O apoio logístico do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (1º GCC) proporcionou a revisualização dos radares de São Roque, Campinas, Guarulhos e Mombaça no CCO. Militares do 1º GCC monitoraram os equipamentos na Torre de Controle São Paulo (TWR-SP) do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de São Paulo (DTCEA-SP), nas redes e roteamento Telecom e na visualização da Terminal São Paulo. Com essa visualização, os componentes do CCO, além das informações de voos, tinham condições de monitorar as aeronaves desde a decolagem até o pouso. Dessa forma, possuiam a noção exata da hora do pouso nos aeródromos. Outra atividade de sucesso do 1º GCC foi a conexão do SRPV-SP com a ANAC, através de Wi-fi.

O Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA) e o Quarto Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA IV) colaboraram na coordenação das atividades junto ao CCO. Oficiais do CGNA participaram também da coordenação direta das atividades de fiscalização realizadas no Controle de Aproximação São Paulo (APP-SP).

O DECEA aumentou sua efetividade, inserindo controladores de tráfego aéreo nas TWR de Campo de Marte, Jundiaí e Congonhas, além de profissionais de Serviço de Informações Aeronáuticas nas Salas AIS de Campo de Marte, Jundiaí, Bragança Paulista e Congonhas. "Essas ações proporcionaram uma coordenação mais próxima, principalmente relativa às aeronaves envolvidas em procedimento de pouso, o que trouxe maior efetividade às ações dos fiscais em terra", afirmou o Major Cicaccio.

Segundo Cláudio Ianelli, gerente-geral de ação fiscal da ANAC, a expectativa era inspecionar o maior número de aeronaves e tripulantes. "Com essa integração, vamos conseguir educar, prevenir e coibir irregularidades que possam interferir na segurança operacional", disse.

Resultados
Este modelo de fiscalização conjunta – além de trazer mais força à ação – possibilitou a troca de conhecimento entre os órgãos e mostrou-se realmente eficaz em função dos resultados alcançados nas três operações. A primeira ocorreu no Rio de Janeiro e a segunda em Angra dos Reis (RJ).

Mesmo atuando em atividades paralelas, a ANAC e o DECEA exerceram as ações de forma integrada e concordam que a operação trouxe mais consciência aos pilotos sobre a segurança aérea. Houve um fortalecimento das ações do dia a dia dos órgãos envolvidos e bastante entrosamento dos controladores e profissionais AIS com os fiscais de solo.

Segundo o Major Ciccacio, não houve muito impacto nem transtornos para o tráfego aéreo durante a ação. "A Operação consolidou um modelo de integração dos órgãos envolvidos, proporcionando efetividade na fiscalização. A divulgação da operação nos diversos meios de comunicação também foi forte propulsor da conscientização dos pilotos desse segmento da aviação", avaliou o militar.

"A intensificação do monitoramento com foco na aviação geral surte efeito no maior regramento nos voos. A operação trouxe mais conscientização para os pilotos e proprietários, com foco na segurança de voo", declarou Ianelli.