A Bandeira


A Bandeira Nacional do Brasil foi instituída em 19 de novembro de 1889, pelo Decreto número 4, após a Proclamação da República. Os Estados da Federação são representados por estrelas. Projetada por Raimundo Teixeira Mendes e Miguel Lemos, com desenho de Décio Vilares, foi inspirada na antiga Bandeira do Império desenhada pelo pintor francês Jean Baptiste Debret, sendo que a esfera azul-celeste e a divisa com a inscrição "Ordem e Progresso" está no lugar da Coroa Imperial.

Em cumprimento ao Artigo 12 da Lei Nº 5.700, de 1 de setembro e 1971, “a Bandeira Nacional estará permanentemente no topo de um mastro especial plantado na Praça dos Três Poderes de Brasília, no Distrito Federal, como símbolo perene da Pátria e sob a guarda do povo brasileiro”. As cores oficiais da bandeira brasileira são o verde, amarelo, azul e branco, com a frase "Ordem e Progresso".

Originalmente, simbolizavam as cores das casas reais da família de D. Pedro I. No entanto, ao longo dos anos os brasileiros associaram outros significados para cada uma das cores:

"branco", significa o desejo pela paz

"azul", simboliza o céu e os rios brasileiros

"amarelo", simboliza as riquezas do país

"verde", simboliza as matas (a rica floresta brasileira)

A frase "Ordem e Progresso" foi baseada nos estudos do filosofo francês fundador do positivismo, Augusto Comte: "O Amor por princípio e a Ordem por base; o Progresso por fim”. O positivismo possui ideais republicanos, como a busca de condições sociais básicas, através do respeito aos seres humanos, salários dignos etc., e também o melhoramento do país em termos materiais, intelectuais e, principalmente, morais.

Juramento


Oato de jurar à bandeira nacional faz parte somente do cerimonial das Forças Armadas do Brasil. Os compromissos são os seguintes:



- Compromisso dos Recrutas (Inciso V, do Artigo 171 do Decreto nº 88.513, de 13 de julho de 1983):

“Incorporando-me (à Marinha do Brasil; ao Exército Brasileiro; ou à Força Aérea Brasileira), prometo cumprir rigorosamente as ordens das autoridades a que estiver subordinado, respeitar os superiores hierárquicos, tratar com afeição os irmãos de armas, e com bondade os subordinados, e dedicar-me inteiramente ao serviço da Pátria, cuja Honra, Integridade, e Instituições, defenderei com o sacrifício da própria vida. ”

- Compromisso dos Reservistas (Artigo 217 do Decreto nº 57.654, de 20 de janeiro de 1966):

“Dispensado da prestação do Serviço Militar inicial, por força de disposições legais e consciente dos deveres que a Constituição impõe a todos os brasileiros, para com a defesa nacional, prometo estar sempre pronto a cumprir com as minhas obrigações militares, inclusive a de atender a convocações de emergência e, na esfera das minhas atribuições, a dedicar-me inteiramente aos interesses da Pátria, cuja honra, integridade e instituições defenderei, com o sacrifício da própria vida.”

- Compromisso dos Oficiais Promovidos ao Primeiro Posto e do Compromisso por Ocasião da Declaração de Guardas-Marinha e Aspirantes-a-Oficial (Artigo 175 do Decreto nº 88.513, de 13 de julho de 1983):

“Perante a Bandeira do Brasil e pela minha honra, prometo cumprir os deveres de oficial (da Marinha do Brasil; do Exército Brasileiro; ou da Força Aérea Brasileira) e dedicar-me inteiramente ao serviço da Pátria.”


Continência


T

odo militar deve prestar continência à Bandeira Nacional nas seguintes ocasiões:



- ao ser hasteada ou arriada diariamente em cerimônia militar ou cívica;

- por ocasião da cerimônia de incorporação ou desincorporarão, nas formaturas;

- quando conduzida por tropa ou por contingente de Organização Militar;

- quando conduzida em marcha, desfile ou cortejo, acompanhada por guarda ou por organização civil, em cerimônia cívica;

- e quando, no período compreendido entre 08:00 horas e o por do sol, um militar entra a bordo de um navio de guerra ou dele sai, ou, quando na situação de "embarcado", avista-a ao entrar a bordo pela primeira vez, ou ao sair pela última vez.

Muitos atletas militares, inclusive, ao conquistarem medalhas prestam continência à Bandeira Nacional como uma forma de respeito e saudação à Pátria.

Substituição


C onfira abaixo uma reportagem sobre a troca da Bandeira Nacional no ponto mais alto do Brasil, o Pico da Neblina, realizada todo ano no dia 15 de novembro por militares do Batalhão de Infantaria da Aeronáutica de Manaus (BINFAE-MN).

Veja, no vídeo, a Cerimônia de Substituição da Bandeira Nacional, que é realizada todo mês na Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF), em um revezamento entre a FAB, a Marinha, o Exército Brasileiro, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal. Esta é a maior bandeira hasteada do mundo, com 286m2. O mastro, de 100m de altura, é de autoria do arquiteto Sérgio Bernardes. A Bandeira substituída é incinerada em uma cerimônia especial.



Bandeiras Históricas


O Brasil já teve 12 bandeiras diferentes, sem contar a nossa atual. A maior parte foram bandeiras portuguesas hasteadas no País desde a época de Pedro Álvares Cabral. Essas bandeiras foram mudando de acordo com a mudança na política portuguesa e, como o Brasil foi colônia de Portugal até 1822, valem também no nosso território. Clique sobre cada bandeira para saber um pouco da sua história.


(1332 - 1651)

Bandeira de Ordem de Cristo
Histórico: A Ordem de Cristo, rica e poderosa, patrocinou as grandes navegações lusitanas e exerceu grande influência nos dois primeiros séculos da vida brasileira.

(1500 - 1521)

Bandeira Real
Histórico: Era o pavilhão oficial do Reino Português na época do descobrimento do Brasil e presidiu todos os acontecimentos importantes em nossa terra até 1521. Como inovação apresenta, pela primeira vez, o escudo de Portugal.

(1521 - 1616)

Bandeira de D. João III
Histórico: O lábaro desse soberano, cognominado o "Colonizador", tomou parte em importantes eventos de nossa formação histórica, como as expedições exploradoras e colonizadoras e a instituição do Governo Geral na Bahia.

(1616 - 1640)

Bandeira do Domínio Espanhol
Histórico: Este pendão, criado em 1616, por Felipe II da Espanha, para Portugal e suas colônias, assistiu às invasões holandesas no Nordeste e ao início da expansão bandeirante, propiciada, em parte, pela "União Ibérica".

( 1640 - 1683)

Bandeira da Restauração
Histórico: Também conhecida como "Bandeira de D. João IV", foi instituída, logo após o fim do domínio espanhol, para caracterizar o ressurgimento do Reino Lusitano sob a Casa de Bragança.

(1645 - 1816)

Bandeira do Principado do Brasil
Histórico: O primeiro pavilhão elaborado especialmente para o Brasil. D João IV conferiu a seu filho Teodósio o título de "Príncipe do Brasil", distinção transferida aos demais herdeiros presuntivos da Coroa Lusa.

(1683 - 1706)

Bandeira de D. Pedro II, de Portugal
Histórico: Esta bandeira presenciou o apogeu de epopeia bandeirante, que tanto contribuiu para nossa expansão territorial. É interessante atentar para a inclusão do campo em verde (retângulo) e foi conservado na Bandeira atual.

(1600 - 1700)

Bandeira Real Século XVII
Histórico: Esta bandeira foi usada como símbolo oficial do Reino ao lado dos três pavilhões já citados, a Bandeira da Restauração, a do Principado do Brasil e a Bandeira de D. Pedro II, de Portugal.

(1816-1821)

Bandeira do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarve
Histórico: Criada em consequência da elevação do Brasil à categoria de Reino, em 1815, presidiu as lutas contra Artigas, a incorporação da Cisplatina e a Revolução Pernambucana de 1817.

( 1821- 1822)

Bandeira do Regime Constitucional
Histórico: A Revolução do Porto, de 1820, fez prevalecer em Portugal os ideais liberais da Revolução Francesa, abolindo a monarquia absoluta e instituindo o regime constitucional. Foi a última bandeira Lusa a tremular no Brasil.

(1822 - 1889)

Bandeira Imperial do Brasil
Histórico: Composta de um retângulo verde e nele, inscrito, um losango ouro, ficando no centro deste o Escudo de Armas do Brasil, assistiu ao nosso crescimento como Nação e a consolidação da unidade nacional.

(15 a 19 Nov 1889)

Bandeira Provisória da República
Histórico: Esta bandeira foi hasteada na redação do jornal "A Cidade do Rio", após a proclamação da República, e no navio "Alagoas", que conduziu a família imperial ao exílio.



Álbum de Fotos


Confira fotos da Bandeira em uma cerimônia de substituição que contou com a demonstração da Esquadrilha da Fumaça.

Jul 2012 - Brasília-DF


Hino à Bandeira Nacional


Letra: Olavo Bilac
Música: Francisco Braga

Salve lindo pendão da esperança!
Salve símbolo augusto da paz!
Tua nobre presença à lembrança
A grandeza da Pátria nos traz.

Recebe o afeto que se encerra
em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!

Em teu seio formoso retratas
Este céu de puríssimo azul,
A verdura sem par destas matas,
E o esplendor do Cruzeiro do Sul.

Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!

Contemplando o teu vulto sagrado,
Compreendemos o nosso dever,
E o Brasil por seus filhos amado,
poderoso e feliz há de ser!

Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!

Sobre a imensa Nação Brasileira,
Nos momentos de festa ou de dor,
Paira sempre sagrada bandeira
Pavilhão da justiça e do amor!

Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!

TEXTO: Tenente Jornalista João Elias  |  WEBDESIGN: Sargento Especialista Poleto

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